Professores em greve acampam na Assembleia de SP

Manifestantes exigem que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) abra um canal de diálogo de negociação das reivindicações

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Por Paulo Saldaña
Atualização:

Centenas de professores da rede estadual de São Paulo decidiram na noite desta quarta-feira, 15, ocupar a Assembleia Legislativa do Estado. Até as 21 horas, o grupo permanecia na galeria do Plenário Juscelino Kubitschek e pretendia passar a noite no local. Os profissionais da educação decretaram greve em 13 de março. Organizados pela Apeoesp – principal sindicato da categoria –, os manifestantes exigem que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) abra um canal de diálogo de negociação das reivindicações.

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Segundo a presidência da Assembleia, cerca de 350 professores participam do ato. O movimento fala em mais de 500.

A ocupação das galerias começou depois de uma audiência pública ocorrida na Casa para discutir a pauta de reivindicações. A categoria exige reajuste de 75,33% como forma de equiparação com os demais profissionais de nível superior e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.

Com gritos contra os deputados e o governo, os manifestantes tumultuaram os trabalhos no local. O presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB), sugeriu que uma comissão formada pelos grevistas fosse recebida, mas os manifestantes não atenderam a proposta por entenderem ser uma tentativa de esvaziar o protesto. 

Capez disse que não irá forçar a retirada dos manifestantes. "Vamos garantir a segurança interna da Casa, mas está afastada a hipótese de tirá-los à força. Como são professores, vamos deixar esse pernoite e amanhã tomaremos medidas restritivas para que não entre mais gente", afirma ele, que se comprometeu a tentar intermediar uma conversa com a Secretaria de Educação. O deputado informou que marcou para a próxima quarta-feira, dia 22, reunião com representantes da categoria.

Já há uma reunião marcada para o dia 23 entre os grevistas e o secretário de Educação, Herman Voorwald. A categoria, entretanto, pede urgência no encontro e um diálogo direto com o governador.

O governo ainda não acenou com uma proposta de reajuste para este ano. Em nota, a Secretaria da Educação defendeu que está disposta a negociar e classificou a greve como “partidária, desnecessária e com baixa adesão”. A pasta argumenta que já garantiu 45% de aumento na gestão passada.

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