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Professores e diretor da USP criticam protestos de grevistas

Grupo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas defende direito de manifestação, mas rechaça fechamento de salas 

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O diretor e professores de dois departamentos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), uma das mais afetadas pela atual paralisação, publicaram cartas contra piquetes e obstrução de salas por grevistas. Professores e funcionários da USP cruzaram os braços há mais de três meses contra o congelamento de salários. 

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Nas cartas, a diretoria da FFLCH, que tem à frente o professor Sérgio Adorno, e docentes dos departamentos de Filosofia e Ciência Política da unidade defendem o direito de greve, mas criticam os protestos que impedem a realização das aulas e outras atividades acadêmicas. Segundo eles, as ações desrespeitam o direito individual de escolha de participar do movimento. 

Tradicionalmente a FFLCH é a unidade de ensino mais afetada pelas greves na USP - este é o terceiro semestre consecutivo. Desde o início do segundo semestre letivo da instituição, no começo de agosto, a maioria das atividades foi suspensa. Para os professores da Ciência Política, "a banalização da greve nos últimos anos (...) tem degradado o ambiente acadêmico e comprometido negativamente a formação de gerações e gerações de estudantes". 

As entidades sindicais defendem os piquetes e "cadeiraços" como instrumento de pressão contra a reitoria. Nesta terça-feira, 2, o Conselho Universitário, órgão máximo da instituição, discutirá propostas de reajuste para as categorias. O congelamento salarial foi justificado pela crise nas universidades estaduais, que gastam quase toda a receita com a folha de pagamento. 

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