Professores de SP farão assembleia na Avenida Paulista

Docentes dizem que menos de 33% de sua carga horária é destinada a atividades extraclasse, como prevê lei

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Por Paulo Saldaña
Atualização:

SÃO PAULO - Professores da rede estadual de ensino aprovaram na tarde desta sexta-feira a realização de uma assembleia no dia 20 de abril, na Avenida Paulista, região central. Na última vez em que se reuniram na principal via da capital, em 2010, os docentes reuniram 12 mil pessoas e prejudicaram o trânsito.

 

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Os professores realizaram uma manifestação, hoje à tarde, na Praça Roberto Gomes Pedrosa, em frente ao Estádio do Morumbi, zona sul. O ato estava marcado para começar às 14 horas em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, localizado a cerca de 1,5 quilômetros do estádio, mas a polícia cercou o local.

 

Cerca de 50 ônibus com docentes pararam na praça. O sindicato da categoria (Apeoesp) estima que cerca de 50 mil professores participaram do protesto. A Polícia Militar não deu uma estimativa de quantas pessoas estavam lá.

 

A CET interditou a Avenida Jorge João Saad no trecho entre a Avenida Francisco Morato e o Estádio do Morumbi.

 

Os professores participam de um movimento nacional de greve que cobra respeito à Lei do Piso Salarial. A principal reivindicação em São Paulo é em relação a jornada de trabalho na qual, segundo a lei, 33% da jornada deve ser reservada para atividades extraclasse.

 

A Secretaria Estadual de Educação diz que já atende este porcentual, mas o sindicato nega. A Apeoesp afirma que hoje 80% dos professores cruzaram os braços e inclusive algumas escolas foram fechadas por falta de docentes. Já a secretaria diz que apenas 5% dos professores aderiram ao movimento nesta sexta.

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