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Professores da USP desistem de fazer greve

A Associação dos Docentes da USP (Adusp) diz que não havia mobilização suficiente para aprovar a paralisação

Por Agencia Estado
Atualização:

Os professores da Universidade de São Paulo (USP) decidiram não aderir à greve iniciada pelos funcionários e alunos da instituição neste mês. Segundo a Associação dos Docentes da USP (Adusp), não havia mobilização suficiente para aprovar a paralisação, principalmente porque o período é de fim de semestre. Além disso, a categoria já enfrentou greves em 2004 e 2005. Os funcionários da USP aprovaram a paralisação no dia 8. O Diretório Central Estudantil (DCE) também decidiu aderir ao movimento dias depois. Na Universidade Estadual Paulista (Unesp), funcionários e professores estão parados em vários campus do interior (veja quadro). Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o movimento ainda é fraco. Os professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas reivindicam 7% de reajuste salarial e mais verbas para a educação em São Paulo. Até agora, os reitores apenas ofereceram 0,75% de reajuste, aplicado sobre o salário de maio. Em setembro, seria mais 1,79%. A negociação ocorre por meio do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), presidido atualmente pela reitora da USP, Suely Vilela. Eles pedem ainda aumento de 30% para 33% do total do investimento estadual em educação (básica, profissional e superior). Com isso, subiria dos atuais 9,57% para 11,6% o índice aplicado à arrecadação do ICMS que é destinado para USP, Unesp e Unicamp. Nesta terça-feira, os grevistas se reúnem a professores da rede estadual de ensino e fazem manifestação na Assembléia Legislativa para pedir mais verbas para a educação. Greve de 2005 Em agosto de 2005, a USP entrou em greve, junto com a Unesp e Unicamp, para protestar contra o veto do governador Geraldo Alckmin ao aumento do orçamento da educação no Estado. O movimento uniu professores e funcionários e terminou, na USP, depois de 22 dias, quando docentes e alunos voltaram às atividades. Os funcionários retomaram o trabalho quatro dias depois. Colaborou Giuliana Vallone

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