Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram inciar greve na próxima quarta-feira, 9. Eles pedem o adiantamento do reajuste de 20,26%, que foi acordado com o governo de Fernando Haddad (PT) que seria parcelado até maio de 2018.
A greve foi aprovada em assembleia na tarde desta sexta-feira, 4. De acordo com o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), principal sindicato da categoria, os profissionais da educação reivindicam que a Prefeitura cumpra a lei com a aplicação do reajuste de 3,74% em maio. Eles também pedem que sejam adiantados os reajustes de 5,39%, 5% e 4,76%, previstos em lei para serem aplicados em novembro deste ano, maio de 2017 e maio de 2018, respectivamente. Totalizando um reajuste acumulado de 20,26%.
"Em 2014 e 2015, a prefeitura nos deu reajuste, mas parcelou. Na época não tivemos opção, só nos restou aceitar. Do contrário, era ficar sem reajuste e em greve por tempo indeterminado. Mas, agora, com a inflação em alta, não podemos esperar quatro anos para ter reajuste", disse Claudio Fonseca, presidente do sindicato.
A assessoria da Secretaria municipal de Gestão disse que a prefeitura está em negociação com o sindicato e que tem uma reunião agendada para a próxima quarta-feira, em que deve apresentar uma proposta.
De acordo com Fonseca, a greve começa já na quarta-feira e a continuidade da paralisação será definida em assembleia, dependendo da avaliação dos servidores sobre a proposta que apresentada pela prefeitura.