Professores da rede estadual mantêm paralisação no Paraná
Reação acontece um dia após governo suspender negociações; outros 21 setores do funcionalismo podem entrar em greve
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Por Julio Cesar Lima
Atualização:
CURITIBA - Os professores da rede estadual de ensino do Paraná continuam em greve por tempo indeterminado. A categoria, que é representada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), reuniu-se durante toda a manhã desta sexta-feira, 15, para definir a data de uma nova assembleia e os rumos do movimento.
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A reação acontece um dia após o governo do Estado suspender as negociações e, de forma unilateral, anunciar medidas em relação ao funcionalismo, entre elas o reajuste de 5% a ser pago em duas parcelas.
Os professores reivindicam reajuste de 8,4% relativos ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e de forma única. Além dos professores, outros 21 setores do funcionalismo podem entrar em greve também.
Entre as medidas estão a abertura de novo Processo Seletivo Simplificado (PSS), para a contratação de novos professores temporários, o lançamento das faltas dos professores e servidores em greve e a abertura de processos por insubordinação contra diretores que estimularam a greve.
Para a diretora financeira da APP, Marlei Fernandes, o governo "mostrou que não tem disposição para o diálogo". "Esse pacote de medidas é econômico e depunições, muito ruim, acreditamos que é o fundo do poço na falta de diálogo e respeito à categoria", avaliou. "O governo deveria dar um passo atrás e mostrar alguma proposta."
Confrontos em Curitiba
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PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Cerca de 150 pessoas ficaram feridas e algumas delas estão em estado grave Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Ambulâncias do Samu foram acionadas para socorrer os manifestantes feridos Foto:
Confrontos em Curitiba
Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
O local foi transformado em uma espécie de 'ambulatório' Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Os professores acompanhavam a votação de um projeto na Alep Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Bombas e balas de borracha foram lançadas contra manifestantes; 17 policiais se recusaram a fazer o cerco e foram presos Foto: Prefeitura de Curitiba
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Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Um confronto entre a Polícia Militar e professores em Curitiba na tarde desta quarta-feira, 29, deixou 180 pessoas (a maioria professores) feridas, se... Foto: REUTERS/Joka MadrugaMais
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
A prefeitura de Curitiba fala em 200 feridos no total.Quinze deles permanecem hospitalizadas, com ferimentos graves Foto: REUTERS/Paulo Lisboa
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Bombas e balas de borracha foram lançadas contra manifestantes Foto: REUTERS/Joka Madruga
O governo alega que, de 2011 a 2014, a média de reajuste do salário base do funcionalismo foi de 63,6%, enquanto a inflação acumulada para o período foi de 26,7%.
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Segundo o chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, essas decisões levam em conta os limites da lei de responsabilidade fiscal e a disponibilidade financeira do Estado.
"Estamos fazendo um esforço extraordinário para garantir esse índice de reajuste num momento em que a economia dá sinais concretos de recessão e aumento do desemprego", disse Sciarra.
No início desta semana, a secretária de Administração, Dinorah Nogara, reuniu-se com os professores e pediu tempo até o dia 19 para apresentar uma proposta. "O mês de maio é de data-base e estamos realizando estudos econômicos", disse.