08 de maio de 2015 | 16h56
Atualizada às 20h16
SÃO PAULO - Cerca de mil professores da rede estadual em greve, segundo a Polícia Militar, aprovaram a continuidade da paralisação em assembleia nesta sexta-feira, 8, no vão livre do Museu de Arte em São Paulo (Masp).
Os docentes, liderados pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), estão paralisados desde o dia 16 de março e pedem 75,33% de reajuste, além de melhorias nas condições de trabalho.
Os manifestantes chegaram a ocupar totalmente o sentido Consolação da Avenida Paulista. Depois, desceram a Avenida Rebouças, enquanto a Tropa de Choque protegia concessionárias para evitar a aproximação do grupo.
Por volta das 19h05, eles ocuparam totalmente a Marginal do Pinheiros, enquanto veículos trafegavam em alta velocidade. A via foi bloqueada no sentido Cebolão. "A gente fez a passeata e ocupou a Marginal. Mostramos resistência e que essa greve tem força para continuar", disse Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp.
Às 20h, a pista expressa da Marginal foi liberada e parte dos professores começou a se dispersar. Um grupo, no entanto, ainda segue em direção ao Largo da Batata.
A categoria já marcou uma nova assembleia para a próxima sexta-feira, 15, aprovou a manutenção do acampamento de professores em frente à Secretaria Estadual de Educação (SEE) e disse que terá uma reunião com a pasta na próxima semana.
Nesta quinta, a Justiça decidiu que o corte de salário dos professores em greve é ilegal. Na marcha desta sexta, uma professora, que pediu para não ser identificada, mostrou o holerite à reportagem do Estado. Pelos 17 dias em greve no mês de março, teve um corte de R$ 1.922,32. "Mas continuo em greve", disse.
A gestão do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) considera a negociação salarial "extemporânea" e ressalta que a categoria tem o maior piso do País - cerca de R$ 2.400 -, além de afirmar que nos últimos quatro anos houve aumento de 45% nos salários. Alckmin já cortou parte da remuneração dos professores paralisados no mês de maio, medida suspensa em liminar da Justiça (decisão temporária) a pedido da Apeoesp.
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