Processos contra alunos geram protestos na USP

Processos administrativos podem expulsar 21 estudantes

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Por Felipe Mortara
Atualização:

Cerca de 200 alunos, professores e funcionários da USP reuniram-se em protesto no início da noite dessa terça-feira no pátio interno da Faculdade de História. A manifestação foi convocada contra processos administrativos que podem expulsar 21 estudantes. 

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Quatro universitários são acusados pela ocupação do prédio da reitoria, em 2007. Outros 17, por utilizarem desde março um espaço na moradia estudantil pertencente à Coordenadoria de Assistência Social (Coseas).

 

No ato, contra o que chamaram de “criminalização das ações”, os manifestantes questionaram o fato de o regimento da USP datar de 1972 e ter sido elaborado durante a ditadura. “Estamos reivindicando o fim imediato do decreto, que proíbe atos políticos que ‘atentem à moral ou aos bons costumes’. Temos uma constituição em vigor no País desde 1988”, disse Flavio Moraes, de 23 anos, um dos que correm risco de expulsão.

 

O grupo argumenta que a desocupação do prédio da reitoria, em 2007, só teria sido efetivada após acordo com a então reitora, Sueli Vilela, para que nenhum dos alunos fosse punido. “Estão sendo punidos por terem tido a coragem de enfrentar o poderestabelecido”, disse Otaviano Helene, professor do instituo de Física. O reitor João Grandino Rodas não foi encontrado para comentar.

 

Manifestação

 

LUIZ RENATO MARTINS, PROFESSOR DA ECA-USP

 

“Esse reitor (João Grandino Rodas) assumiu com um projeto explícito e declarado de destruir a organização de funcionários. Fazer política é o único mecanismo para lutar.”

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