09 de janeiro de 2012 | 16h20
SÃO PAULO - Primavera Árabe, Sudão do Sul e redes sociais motivaram questões na prova desta segunda-feira da Fuvest. Professores já apostavam em perguntas baseadas em temas da atualidade, principalmente na parte de geografia e história.
O estudante Rafael Mizumura, de 16 anos, disse que "nunca tinha ouvido falar" em Primavera Árabe. Já sua colega Julia Muto citou a Líbia e o Egito em sua resposta. Ambos são treineiros do colégio Objetivo.
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Uma questão interdisciplinar foi alvo de críticas por parte de alguns estudantes. A questão trazia um mapa do Brasil com duas regiões (Bahia e interior de Minas Gerais) em destaque e pedia que o estudante citasse nomes de escritores oriundos desses locais. O vesibulando também deveria citar um livro do autor escolhido.
Pedro Carrion, de 18 anos, mencionou Guimarães Rosa, mas atribuiu a ele, incorretamente, a obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. “Normalmente, a Fuvest não cobra assim”, disse Pedro, que tenta uma vaga em Economia em Ribeirão Preto, apesar de ter sido aprovado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. O aluno do Anglo também achou difícil química e física, mas fácil a de matematica.
Já o estudante Bruno Zernik, de 17 anos, que fez a prova do ITA para Engenharia Aeronáutica este ano, achou “média” a prova de matemática. Ele é candidato a Engenharia Mecatrônica e fez 64 pontos na primeira fase da Fuvest.
Hoje os estudantes fizeram 16 questões sobre todas as matérias do ensino médio, exceto português. Algumas eram interdisciplinares. O exame teve quatro horas de duração.
Uma das questões, por exemplo, relacionava literatura e geografia: a pergunta trazia um mapa do Brasil com duas regiões assinaladas (Bahia e Minas Gerais) e pedia que o candidato desse nomes de escritores nascidos nesses Estados.
Professores do Cursinho da Poli vão fazer a correção comentada do exame às 18h45, no estúdio da TV Estadão. A transmissão poderá ser acompanhada no site do Estadão.edu (estadao.com.br/educacao). É possível mandar dúvidas e perguntas aos docentes pelo Twitter, usando a hashtag #EduFuvest, ou pelo Facebook (facebook.com/estadao.edu).
Abstenção
O índice de abstenção neste segundo dia de provas foi de 8,56% - maior que o de ontem (8,15%). Dos 31.504 estudantes esperados para a prova de hoje, 2.696 não compareceram.
A etapa discursiva da Fuvest começou ontem com a prova de português e redação, que teve como tema "Participação política: indispensável ou superada?". A segunda fase termina amanhã, quando o aluno faz 12 questões de duas ou três disciplinas relacionada à carreira em que se inscreveu.
Estão em jogo 10.852 vagas nos cursos de graduação da USP e 100 na Medicina da Santa Casa.
* Atualizada às 18h
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