Presidente português ratifica acordo ortográfico

Acordo unifica modalidades da língua portuguesa, eliminando variantes de cada um dos 8 países lusófonos

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Por Redação
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O chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, promulgou o acordo ortográfico da língua portuguesa, ratificado no Parlamento do país em maio passado, segundo informaram fontes da presidência à Efe. Veja também:Personalidades organizam manifesto contra acordo ortográficoParlamento português aprova novo acordo ortográficoAcordo ortográfico deve entrar em vigor no Brasil em 2009Acordo ortográfico divide opiniões de especialistasO que muda com a unificação ortográfica entre países lusófonosEspecial: Teste seus conhecimentos sobre o acordo  O acordo ortográfico unifica as modalidades da língua e as notáveis diferenças que existem nos países de língua portuguesa, e causou protestos de várias personalidades e intelectuais do país. O segundo protocolo do acordo ortográfico, cuja ratificação era essencial para a entrada em vigor do acordo, foi aprovado no Parlamento, com os votos a favor dos principais grupos parlamentares, embora com significativas rejeições, como a do poeta e ex-candidato à presidência Manuel Alegre. Cavaco Silva promulgou a norma ortográfica apesar de um grupo de personalidades da cultura ter elaborado um manifesto com 45 mil assinaturas e nove relatórios de especialistas. A ratificação chega na mesma semana em que Lisboa acolhe a VII Conferência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que acontecerá nos dias 24 e 25 de julho e terá como tema principal a aprovação de medidas para impulsionar o idioma comum dos oito países membros. Neste encontro, os chefes de Estado e Governo dos países da CPLP pretendem reforçar o Português por meio de uma maior coordenação de esforços para promovê-lo e consolidá-lo nacional e internacionalmente. Embora a nova norma tenha dividido Portugal, onde um setor da sociedade entende que se fazem concessões à variante brasileira da língua e a seu enorme número de habitantes no acordo. O protocolo, firmado na V Conferência da CPLP, em São Tomé e Príncipe, pretende unificar o uso do português em todas as nações lusófonas, onde se calcula que vivam 200 milhões de pessoas, 180 milhões delas no Brasil. O acordo prevê um período de transição de 6 anos para sua plena aplicação em Portugal.

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