Presencial

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Por Luiza Pollo
Atualização:
No exterior. A Saint Paul faz parceria com instituições estrangeiras, assim como o Coopead, instituto da UFRJ Foto: Divulgação

O tipo mais comum de MBA oferecido pelas instituições é o presencial. Aulas em sala, interação com colegas de diferentes backgrounds e discussões cara a cara são alguns dos pontos positivos dessa modalidade. “O fator presencial é um grande laço do contato com a troca de experiências com professores e alunos da turma”, afirma Alexandre Garcia, coordenador do MBA na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap).

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Quem quer fazer carreira no Brasil pode se beneficiar também da rede de contatos - o networking, como é chamado na área - com colegas do País. Além disso, o conteúdo com base no mercado brasileiro também é importante. “Os MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas) não ficam nada a dever dos cursos lá de fora. Você tem uma integração com a economia, com a política brasileira e a maneira de gerenciar. Esse conteúdo sobre o Brasil você não vai ter lá, do ponto de vista acadêmico”, explica Paulo Lemos, diretor da FGV Management e responsável por todo o braço de MBAs da instituição no Brasil.

Módulo internacional. Para os alunos que fazem questão de ter uma experiência no exterior, mesmo cursando um MBA no Brasil, há instituições que fazem parcerias com as de outros países ou oferecem opções de cursos extracurriculares no exterior.

Reflexo disso é a Fundação Dom Cabral (FDC), por exemplo. Atualmente, a instituição oferece um módulo opcional na China, mas quer se internacionalizar ainda mais. São seis módulos presenciais no Brasil, com duração de uma semana cada, mas, a partir de 2017, devem ser sete - um deles em inglês, para atrair alunos de outros países e facilitar a ida ao exterior dos participantes brasileiros, explica Carla Arruda, gerente do MBA da Dom Cabral.

Os professores do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ) fazem treinamento em Harvard. Além disso, a instituição já oferece parcerias internacionais. “Sentimos que a demanda pela internacionalização é cada vez maior. Passamos a fazer uma semana de curso em período integral em universidades parceiras no exterior. Ou o aluno viaja com grande parte da turma ou pode escolher algum lugar mais específico para ir sozinho”, explica Paula Chimenti, vice-diretora de Mestrado do Coppead/UFRJ.

Paula Chimenti, do Coppead da UFRJ Foto: Divulgação

A instituição também oferece a modalidade MBA full-time, que fica mais próxima do que chamamos no Brasil de mestrado, já que exige dedicação em tempo integral e foca em conhecimento científico da área executiva, com base em estudos de caso de Harvard. O curso é ministrado 100% em inglês e tem as exigências de universidades do exterior na candidatura. Os interessados precisam ser graduados em uma universidade reconhecida, apresentar pontuação satisfatória nos testes de proficiência da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad), no Graduate Management Admission Test (Gmat) ou no Test of English as a Foreign Language (Toefl).

Já a Saint Paul tem parceria com a Moody’s Analytics, o New York Institute of Finance e a European School of Management and Technology (ESMT) no programa MBA Executivo Internacional. Um terço das disciplinas é ministrado por professores das instituições parceiras. Essas aulas são em inglês e têm a opção de tradução simultânea.

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Nos cursos regulares de MBA da FGV, há a oportunidade de cursar um módulo final no exterior. “Depois de terminar nosso curso, o aluno pode optar pelo período internacional e conhecer como se faz negócios lá fora. A vantagem de estudar aqui é o networking, para quem quer fazer carreira no Brasil”, afirma o diretor da FGV Management.

E, para um networking bem sucedido, é preciso que o aluno participe das aulas, ressalta a coach Paula Braga. Na maior parte das instituições, um dia comum é composto por exposição, estudo e debate de casos reais, vividos pelos executivos que os apresentam. “O professor é mais um mediador do que alguém que fica apenas mostrando slides. Se você vai para a sala de aula, tem de valer a pena para desenvolver uma série de competências que fazem diferença na vida de um gestor”, afirma a vice-diretora de Mestrado do Coopead/UFRJ.

Mas não é porque o executivo optou por um curso presencial que não vai precisar estudar em casa. A carga de leitura e preparação para as aulas costuma ser alta, então é ideal levar isso em conta antes da matrícula. “Entendemos que o aluno tem vida pessoal e profissional. Não adianta entregar oito livros e falar que tem de ler em duas semanas”, pondera Renan Riedel, coordenador acadêmico executivo de Pós-Graduação e MBA da Saint Paul. Uma dica é perguntar na instituição a carga de trabalho que fica por responsabilidade do aluno. 

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