Prefeitura acusada de usar material escolar com apelo erótico

Uma capa de caderno mostra uma mulher saindo do mar com roupa molhada e um mamilo à mostra

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Por Agencia Estado
Atualização:

A distribuição de cadernos escolares com imagens eróticas na capa provocou polêmica em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. A vereadora Anabel Lorenzi (PSB), presidente da Comissão de Cultura, Educação e Assistência Social da Câmara Municipal considerou o material inadequado à formação de crianças de 9 a 14 anos e denunciou a prefeitura, administrada pelo PT, à Promotoria da Infância e Juventude e ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. "Espero que seja recolhido o que for possível (dos cadernos) e também que a administração faça um reconhecimento público do erro que cometeu", afirma. As imagens polêmicas são duas. Uma mostra uma mulher saindo do mar com roupa molhada e um mamilo à mostra. A outra mostra um rapaz sem camisa, com a calça aberta e parte dos pêlos pubianos exposta. A reclamação chegou à vereadora por professoras da Escola Municipal Getúlio Vargas, do bairro Morada do Vale, que ouviram protestos de alguns pais de alunos. A secretária de comunicação do município, Iara Maurente, considera a distribuição dos cadernos uma infeliz coincidência e acusa a vereadora de fazer uso "político e rebaixado" do fato. Explica que para reduzir preços, cem mil cadernos foram comprado por licitação, sem especificação da imagem que estaria nas capas. Também revela que o fabricante informou que apenas 120 cadernos tinham as duas imagens. "Nenhum pai veio reclamar até agora", informa Iara. "Se alguém se queixar, os cadernos serão trocados na hora", promete. Para a vereadora, é possível mesmo que a distribuição do material com conteúdo erótico não tenha sido intencional. Mas ela destaca que a prefeitura aplicou adesivos com os dizeres "A escola que a cidade quer" em todos os cadernos e que poderia, no manuseio, ter separado aqueles que tinham capas apelativas. A secretária acredita que os funcionários que colaram as etiquetas nem se deram conta de que as capas poderiam ser questionadas. "Se tivessem entendido que havia alguma maldade, teriam retirado os cadernos dos kits que seriam distribuídos".

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