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Preço do material escolar pode subir 35% em 2003

Papelarias estão recebendo produtos mais caros e devem repassar os custos

Por Agencia Estado
Atualização:

O material escolar pode ficar 35% mais caro, em média, em 2003. Esse é o porcentual de reajuste que a indústria está passando para o comércio e será repassado ao consumidor, de acordo com estimativa da Rede Brasil Escolar, entidade que reúne mais de 560 papelarias no País. Alguns fornecedores reajustaram a caneta esferográfica em 42,89%; o pacote de 100 folhas de sulfite, em 20%; a régua de 30 centímetros e o caderno, em 40%, informa o diretor de comunicação da Brasil Escolar, Said Tayar. "Uma das papelarias associada à rede constatou que o preço de uma lista básica deverá passar de R$ 230 para R$ 400 - aumento de 73,91%." A justificativa para os preços é a alta do dólar. "Esse argumento, porém, não se aplica apenas aos produtos importados ou que contenham componentes importados, mas aos produtos nacionais", diz Tayar. O problema, segundo ele, é que os fornecedores anunciaram o aumento na época de entrega das encomendas, feitas em agosto e setembro, sem que as papelarias tenham outra opção. Planejamento - Uma das saídas para driblar o reajuste é antecipar a compra do material, pelo menos os itens básicos, como cadernos, canetas, etc. A Fundação Procon-SP, órgão de defesa do consumidor, recomenda sempre fazer pesquisa de preço e buscar descontos. A assistente de direção do órgão, Gabriela Antonio, ressalta ainda que as escolas não podem obrigar os pais a adquirir o material em papelaria do próprio estabelecimento nem exigir dinheiro a compra. A exceção, segundo ela, são as apostilas da própria escola. Gabriela lembra também que alguns itens não podem ser pedidos na lista de material escolar, como detergente e papel higiênico. "Esses gastos são de responsabilidade da escola." A mesma regra vale para os uniformes. "É preciso ter opção de compra", diz ela.

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