SÃO PAULO - A CEO da empresa de recrutamento ChaWork, Liliane Fernandes, vê tendência de crescimento do setor de meio ambiente, com ampliação de oportunidades para pessoas formadas na área.
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Liliane lembra, no entanto, que as vagas, por enquanto, estão restritas a empresas grandes e médias. “Nas pequenas e micro, que são as que mais empregam no Brasil, não há”, diz. Para evitar decepções, ela recomenda que se pesquise o potencial de cada região.
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Como a preocupação global com o ambiente reflete no mercado de trabalho?
Existem muitas oportunidades novas, funções como gestor de resíduos, que pode ser engenheiro ambiental ou químico. Mas as oportunidades estão restritas a empresas grandes e médias - nas pequenas e micro, que são as que mais empregam no Brasil, não há.
Quais formações mais tendem a crescer?
A principal é a de engenheiro ambiental. A Gestão Ambiental também avança, mas é um curso de Administração mais focado e mais curto. Os formados em Gestão tendem a ser menos valorizados e menos remunerados. E há muitas outras carreiras que podem atuar na área, como biólogos, químicos, engenheiros agrônomos, civis ou de energia.
Há regiões com mais oportunidades?
Elas são diferentes. Em algumas cidades, o único emprego para um químico é dar aulas. Mas, em uma zona industrial, ele pode trabalhar com destinação de resíduos, desenvolvimento de novos materiais. Um engenheiro de energia pode se dar bem no centro-norte do País, mas vai ter dificuldades na Região Sul.
Raio X
61% dos profissionais do setor são mulheres, de acordo com a Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps).
39 anos é a idade média dos profissionais da área.
25% dos formados têm mestrado e 84% possuem formação superior completa.