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Plataforma online ajuda cidades a reabrir escolas

Site lançado nesta quinta-feira pelo BID e Fundação Lemann indica a quantidade de alunos que podem ir para o ensino presencial e os protocolos para o espaço físico

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Por Renata Cafardo
Atualização:

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação Lemann lançam nesta quinta-feira uma plataforma interativa para ajudar redes públicas de ensino a abrir suas escolas com segurança. O site tem dados de todos os municípios do País e mostra que materiais precisam ser comprados, como organizar o espaço físico, a quantidade de professores necessários e até quantos alunos podem ir por dia presencialmente. 

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Não há município em que a plataforma Escola Segura não indique os passos para a reabertura, apesar de muitos deles serem classificados pelos próprio sistema como situação de risco altíssimo da pandemia. Os dados de infecção e capacidade hospitalar das cidades vêm de outra plataforma não governamental, a Farol Covid, que monitora e tabula as informações do País.

Em São Paulo, por exemplo, a plataforma diz que situação da pandemia é de risco altíssimo e sugere que haja, além dos protocolos básicos de distanciamento e higiene, barreiras físicas entre as carteiras. A Prefeitura deve anunciar ainda nesta quinta-feira como fica a situação das escolas na cidade. Segundo o Estadão apurou, não deve haver mais flexibilização para o ensino público e particular. Atualmente, apenas o ensino médio pode ter aulas presenciais, a educação fundamental e a infantil estão autorizadas somente a fazer atividades extracurriculares nas escolas.

“Entendemos que não cabia dizer se o município estava pronto ou não para abrir sua escola, mas é preciso sempre planejar e existem maneiras de fazer, de acordo com a situação da doença em cada cidade”, diz Ana Paula Pellegrino, coordenadora da Impulso, ONG responsável pela organização tanto da Escola Segura quanto da Farol Covid. 

Entre as recomendações está o uso da máscara e manter o distanciamento entre os colegas Foto: Felipe Rau/ Estadão

Em Quixadá, no sertão cearense, onde o risco é classificado pela plataforma como moderado há indicações para limitar uso de objetos compartilhados e entrada de pais nas escolas, por exemplo. As cidades também podem escolher numa régua da plataforma a porcentagem de alunos que pretendem permitir que volte ao ensino presencial e simular como aconteceria. Em Quixadá, se 20% retornassem seriam 849 alunos que poderiam ir 1 vez por semana durante 2 horas por dia.

As sugestões de medidas e protocolos vieram de pesquisas feitas em trabalhos internacionais sobre a reabertura. "Havia uma riqueza de boas práticas, referências internacioanis, indicações de possibilidade e caminhos que se poderia tomar, mas era preciso tranformar em uma diretriz acessível", explica Ana Paula.

Segundo o especialista em educação do BID no Brasil João Cossi, a plataforma pretende ajudar principalmente os novos prefeitos no ano que vem, que estão sendo eleitos agora em novembro e muitas vezes não conhecem bem a rede de ensino. “Além de recursos, os gestores precisam de informação de qualidade, baseada em evidências científicas, para tomarem as melhores decisões quanto à saúde da população”, diz Morgan Doyle, representante do BID no Brasil.

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