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Pesquisa da Amcham mostra que 34% das empresas já criaram programas para a Geração Y

Para fazer levantamento, Câmara Americana de Comércio ouviu 87 gestores de RH de organizações

Por Larissa Linder
Atualização:

Uma pesquisa recém-concluída pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) mostrou o quanto as empresas brasileiras têm corrido para se adaptar à Geração Y (jovens nascidos entre 1979/80 e 1990/95), a nova força de trabalho, nascida com a cultura da instantaneidade estimulada pela internet. Dos 87 gestores de Recursos Humanos ouvidos pela Amcham, um índice significativo, de 34,5%, afirmou já ter criado planos de carreira específicos para esses jovens, que prevêem, por exemplo, horários flexíveis.

 

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“Eles têm essa cultura de querer tudo para ontem. Entram um dia na empresa, e no outro já querem ser diretores”, diz Renato Grinberg, especialista em carreiras e diretor do site Trabalhando.com. “Se não encontram isso, mudam de empresa”.

 

As empresas participantes da pesquisa têm, em média, 30% dos funcionários na faixa etária da Geração Y.  São jovens que querem horários flexíveis, crescimento rápido e planos de carreira bem estabelecidos. Como forma de reter esses talentos, 40% das empresas adotaram a flexibilidade de horários.

 

Um exemplo disso é a Dell. “Nós damos horários flexíveis e feedback constante. Não é nada difícil e vale a pena para a organização, que consegue ficar com esses jovens”, conta Adolpho Mendes, recrutador da empresa.  Segundo ele, 80% dos estagiários da Dell acabam sendo efetivados.

 

Para Samantha Yang, de 26 anos, trainee da Mars, uma empresa mais rígida com certeza não a atrairia. “O que me afastaria de uma empresa seria me prenderem muito com regras, ou não me darem liberdade para eu mostrar meu trabalho. Outra coisa seria não ter feedback dos gestores; acho essencial", avalia.

 

Mais da metade dos participantes da pesquisa afirmaram que, entre os maiores desafios para lidar com estes profissionais, está a necessidade constante de motivação.

 

Contudo, para Grinberg, a Geração Y tem de levar em conta o fato de que os dois lados precisam se adaptar. “O jovem também tem que pensar no que ele tem a oferecer para a empresa”, diz.

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