
14 de setembro de 2012 | 10h26
Mãe de duas meninas – Isadora, de 8 anos, e Eleonora, de 6–,aprodutora cultural Marta Russo Friedericks, de 47 anos, sempre procurou estimular as filhas com as mais diversas atividades. Desde pequenas, elas frequentam o teatro, vão a shows de bonecos, escutam todo tipo de música e gostam de atividades ao ar livre.
“Agenteprocuramostraralternativas e apresentar as atividades para elas degustarem e, depois, escolherem do que gostam. Assim, vão criando um repertório”, observa.
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Os programas educativos de televisão, principalmente de emissoras como TV Cultura, TV Futura e Discovery Kids, também fazem parte do cotidiano das garotas.O tempo no sofá, porém, é limitado.“A tecnologia facilita o aprendizado, com a imagem, a música e a cor. Mas sempre orientei minhas filhas sobre o que deveriam assistir e tenho o cuidado de não deixá-las a sós em frente à televisão.”
Para a gerente de comunicaçãoClaudia Fernandes Carlucci, de 31 anos, a televisão pode ser um instrumento educativo interessante, desde que os pais estejam por dentro da programação. “Os desenhos de hoje passam muitasinformações, conceitos e valores como cidadania, a importância de respeitar as diferenças, da família, do meio ambiente”, diz Claudia, que é mãe de Breno, 3 anos, e de Davi, 1 ano.
Quando possível, ela assiste aos programas ao lado dos filhos. Assim, pode conversar sobre o conteúdo e ajudá-los a interpretar o que veem na televisão. Para a coordenadora pedagógica Solange Sousa, do Colégio Ofélia Fonseca, a presença dospaisé fundamental.“A criança recebe passivamente as informações se não tiver um adulto educador por perto que faça questionamentos.”
Sobre a constatação de que a maioria dos pais brasileiros consideralevar a criança ao pediatra como o mais importante no desenvolvimento da criança, Claudia atribui o resultado à correria da vidamoderna. “A maioria dos casais trabalha e não tem tempo para brincar. A preocupação é com o bem-estar físico. Lógico, issoé fundamental,masé o princípio básico, é uma preocupação instintiva. A parte afetiva também é fundamental.”
Para Marta, hoje a educação dos filhos está se terceirizando. “Os pais têm de se preocuparem terummomento em família, de conversar, ter atividades de lazer. São momentos que vão marcar a criança. Minhas filhas se lembram com detalhes de todos os passeios.”
Claudia comenta sobre a importância da participação do pai na vida dos filhos. “A mulher, quando fica grávida, já vira mãe. Muitos pais só viram pais quando a criança nasce. Na minha família, isso tem importância. Ainda mais para os meninos, a identificação e interação com o pai é muito grande. É o pai que faz brincadeiras de rolar no chão.”
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