PUBLICIDADE

ONU divulga nota em apoio à metodologia do Enem

Organização diz que a TRI tem 'amplo respaldo na literatura científica internacional'

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Coordenação da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil divulgou nota técnica em que defende a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como uma metodologia que permite a elaboração de provas diferentes para o mesmo exame, que podem ser aplicadas em qualquer período do ano, para grupos diferentes, com o mesmo grau de dificuldade.

 

O conjunto de modelos matemáticos é usado pelo MEC na confecção das provas do Enem e está servindo de argumento na Justiça para liberar a aplicação de novos testes de Ciências Humanas e Ciências da Natureza aos candidatos prejudicados por problemas nos cadernos de questões amarelos.

 

Leia também:

- Segundo Haddad, nova prova deverá ser aplicada em um só dia

 

Para o procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho, que moveu ações pedindo a suspensão e a anulação do Enem, o MEC quer transportar o princípio da TRI - de permitir provas comparáveis ao longo do tempo - para usá-lo na elaboração de um concurso público, ferindo a isonomia entre os candidatos. "Relativizar o resultado de um vestibular é gravíssimo e atenta contra os direitos humanos", afirma.

 

Na nota, a ONU diz que a TRI tem "amplo respaldo na literatura científica internacional" e é utilizada em um "conjunto importante de avaliações conduzidas por organismos internacionais". A Organização cita como exemplos o Programme for International Student Assessment (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o Literacy Assessment and Monitoring (Lamp), iniciativa do Instituto de Estatística da Unesco.

Publicidade

 

"Vale ressaltar ainda que a metodologia da TRI prioriza o uso de habilidades reflexivas e analíticas em detrimento à memorização de conteúdos, o que representa um avanço importante em relação a outros modelos de avaliação", finaliza o texto da nota.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.