Ocupantes na USP levantam barricada à espera de reintegração de posse

Ação policial foi alarme falso; ainda não há decisão para a desocupação de salas do Coseas, ocupadas desde 2010

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Por Paulo Saldaña
Atualização:

Durante a madrugada desta segunda-feira, uma barricada formada por galhos, pedaços de madeira, pedras, bancos e sacos de cal foi levantada na moradia estudantil da Universidade de São Paulo (USP) para se preparar para uma possível ação policial de reintegração de posse. Desde2010, algumas salas do bloco G são ocupadas por estudantes que reivindicam mais vagas no Conjunto Residencial da USP (Crusp). Apesar do plantão dos ocupantes, que se estendeu pela manhã, tudo não passou de alarme falso. Os estudantes esperavam a ação policial baseados no processo de reintegração que tramita na Justiça. Mas o despacho refere-se a prazo processual para a manifestação da universidade sobre o caso - este sim, termina hoje. A reitoria confirma que ainda não há decisão para a desocupação do bloco. Segundo o movimento, intitulado de Moradia Retomada, 47 estudantes residem no espaço ocupado. Por causa do bloqueio, o serviço odontológico que é oferecido no mesmo bloco teve de ser interrompido hoje. A USP ainda não informou quantos atendimentos foram prejudicados. Antes da ocupação, as salas eram usadas pela Coordenadoria de Assistência Social (Coseas). Em dezembro, o reitor João Grandino Rodas expulsou seis alunos que participaram dessa ocupação. Segundo a reitoria, eles foram, entre outras coisas, responsabilizados pelos prejuízos causados. Na manhã desta segunda, funcionários do Coseas foram à ocupação e fotografaram a barricada e a parede e portas do prédio. Segundo um servidor, as fotos são para registrar possíveis danos ao patrimônio. Ainda segundo ele, para efetuar o bloqueio os alunos teriam retirado materiais de um contêiner de uma empresa que realiza obras no consultório odontológico. * Atualizado às 15h09 para adição da foto.

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