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O que é desenvolvimento sustentável

Por Agencia Estado
Atualização:

Desenvolvimento sustentável é aquele que "satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades" (Brundtland, 1998). Ou seja, é o desenvolvimento econômico, social, científico e cultural das sociedades, garantindo mais saúde, conforto e conhecimento, mas sem exaurir os recursos naturais do planeta. Para isso, todas as formas de relação do homem com a natureza devem ocorrer com o menor dano possível ao ambiente. As políticas, os sistemas de produção, transformação, comércio e serviço - agricultura, indústria, turismo, serviços básicos, mineração etc - e o consumo têm de existir preservando a biodiversidade e as próprias pessoas, enfim protegendo a vida no planeta. Assim, sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável, as indústrias devem controlar a emissão de gases poluentes na atmosfera e evitar lançar resíduos tóxicos no solo e rios; a agricultura deve buscar reduzir o uso de agrotóxicos e o desmatamento de áreas naturais - matas, cerrados etc; as cidades devem respeitar as áreas de florestas e rios que protegem seus mananciais e reduzir o volume de resíduo inaproveitado. De modo geral, as pessoas devem tomar atitudes como não desperdiçar água, destinar corretamente seu lixo, consumir alimentos mais saudáveis, preservar bosques e todo tipo de área verde. Por que surgiu a idéia do desenvolvimento sustentável? Desde a década de 40, o mundo percebe que o modelo de desenvolvimento vigente não é sustentável. Em 1948, autoridades reconheceram formalmente os problemas ambientais, na reunião do Clube de Roma, que constatou a finitude dos recursos naturais e solicitou o estudo intitulado Limites do Crescimento (Meadows, 1992), publicado por ocasião da 1.ª Conferência Mundial do Meio Ambiente (1972), em Estocolmo. A Conferência de Estocolmo, promovida pela ONU, resultou na Declaração sobre o Ambiente Humano, determinando ao mundo que "tanto as gerações presentes como as futuras tenham reconhecida, como direito fundamental, a vida num ambiente sadio e não degradado". Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas (CMAD), conhecida como Comissão Brundtland, recomendou a criação de uma nova carta ou declaração universal sobre a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável. O Relatório Brundtland (a comissão era presidida pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland) foi publicado em 1987 com o título Nosso Futuro Comum, e apontou para a incompatibilidade entre o desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e de consumo vigentes. Mas foi na Eco-92, ou Rio-92, que o termo se consolidou numa proposta referendada por mais de 180 países.

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