PUBLICIDADE

O gosto em atender as pessoas

Profissional lembra os sacrifícios da atividade e adverte: quando não somos os hóspedes, nem tudo é muito bonito

Por Agencia Estado
Atualização:

A paulistana Maria Regina Gorec, de 30 anos, já cursava Engenharia Química quando decidiu mudar de profissão. Trabalhando na administração de restaurantes em empresas, tomou gosto pela arte de atender as pessoas. E, como era avessa a qualquer tipo de rotina, optou pela faculdade de Hotelaria. ?No meu trabalho, o importante é se sentir bem com a satisfação do outro.? A escolha foi acertada. Dois anos depois da graduação, Maria Regina ocupa um cargo de responsabilidade em uma grande rede hoteleira. É governanta do flat Transamérica Victoria Place, de alto padrão. Rotina imprevisível Ela acumula várias funções, desde a coordenação da equipe de camareiras até a escolha das flores de um evento. Trabalha de segunda a sexta em horário comercial. Se precisar, no entanto, fica até tarde. ?É uma rotina imprevisível, mas amo o que faço.? Maria Regina entrou no mercado de trabalho logo no segundo ano de faculdade. Começou no Hotel Golden Flat como recepcionista, passou pela governância e chegou a ser gerente comercial. ?Mas percebi que gostava mais da área operacional, de lidar com pessoas.? Agora, ela sonha com o cargo de gerente de hospedagem. Sacrifícios O caminho para o sucesso no ramo hoteleiro exige sacrifícios e a faculdade, segundo a governanta, dá só um empurrão. Com noções de inglês e espanhol e fluente no italiano, Maria Regina ensina. ?Além de saber idiomas, o profissional deve ter boa cultura geral, para não passar por saias-justas.? Certa vez, quando era recepcionista, confundiu o velocista Claudinei Quirino com um jogador de futebol. Ele não fez por menos: mostrou a capa do jornal do dia, com sua foto de campeão do Panamericano de 2000. ?Fiquei constrangida, mas foi divertido.? Desistências Maria Regina vê boas perspectivas para quem está ingressando no mercado. ?Como os cursos são recentes, ainda não existem profissionais formados em Hotelaria ocupando cargos de controle.? Mas ela avisa que é preciso empenho. Muitos de seus colegas já desistiram da profissão. ?Como hóspedes, eles achavam tudo muito bonito, mas não é suficiente?, afirma. ?Tem de querer ver a beleza sim, mas do outro lado do balcão.? leia também Hotelaria ensina desde preparo de cama até administração

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.