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O economista Aloísio Teixeira, ex-reitor da UFRJ, morreu nesta manhã

A presidente Dilma Rousseff lamentou em nota a morte do economista

Por Clarissa Thomé
Atualização:

RIO DE JANEIRO - O economista Aloísio Teixeira, ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), morreu nesta manhã, de um enfarte fulminante. Ele tinha 67 anos e estava em casa, em Ipanema, com a mulher, a economista Beatriz Azeredo. Uma equipe do Hospital Samaritano chegou a ser acionada, mas quando os médicos chegaram ao local, o professor já estava morto. Teixeira formou-se em 1978 pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro. Exerceu vários cargos na administração municipal e federal, entre eles o de secretário-geral do Ministério da Previdência (1987/1988). Em 1998, Teixeira foi o candidato a reitor da UFRJ mais votado, mas foi preterido pelo governo federal, o que abriu uma crise na instituição – estudantes inconformados com a escolha de José Henrique Vilhena ocuparam a reitoria por 44 dias. O economista foi eleito novamente em 2003, e dirigiu a universidade por dois mandatos – deixou o cargo em 2011. Um crítico da “perversidade do acesso pelo vestibular”, sua gestão foi marcada pela “democratização” do ingresso à universidade: a instituição passou a reservar 30% das vagas para cotas sociais, aderiu ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e ampliou o número de alunos novos de 6.500 para 9 mil por ano. “Aloísio nos ajudou de muitas maneiras a repensar o Brasil e a buscar caminhos para transformar o país em uma sociedade menos injusta. Foi, antes de tudo, um educador. Um educador obstinado e em tempo integral. Ficam seus exemplos, seus ensinamentos, suas convicções. Hoje, o Brasil acordou triste, a UFRJ amanheceu menor. O país perde um grande brasileiro”, manifestou-se, por nota, o reitor Carlos Levi. A presidente Dilma Rousseff também lamentou em nota a morte do economista. “A educação brasileira perdeu um de seus importantes pensadores e colaboradores, o professor Aloisio Teixeira. Um brasileiro que abraçou a educação como grande instrumento de transformação da sociedade e fez do exercício de educar um compromisso de vida”.

Aloísio tinha cinco filhos e quatro netos. Seu corpo será cremado na manhã de hoje, no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária.

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