Nova proposta de reajuste desagrada sindicato de funcionários da Unesp

Em greve há dois meses, técnicos da universidade pedem equiparação salarial com a USP e a Unicamp

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Por Victor Vieira
Atualização:

O Conselho Universitário da Unesp se reuniu nessa quinta-feira, 15, e apresentou nova proposta de aumento salarial aos servidores da instituição, em greve há dois meses. A oferta é de 5% de reajuste imediato e acréscimo do mesmo valor em agosto de 2014, mas os números não agradaram ao Sindicato dos Trabalhadores da Unesp. Na quinta-feira, pouco mais de 100 alunos e funcionários, segundo a Polícia Militar, fizeram protesto durante quase dez horas pelas ruas do centro de São Paulo e em frente à reitoria da universidade.

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O principal pleito dos servidores é a equiparação salarial com outras universidades estaduais paulistas. Em nota divulgada na segunda-feira, 12, o reitor da Unesp, Julio Cezar Durigan, afirmou que há interesse na isonomia remuneratória com a USP e a Unicamp. Segundo ele, porém, existem "dificuldades orçamentárias e financeiras" para atender à reivindicação da categoria, que pediu aumento de 11% no começo da greve. No encontro dessa quinta, o Conselho Universitário também aprovou aumento de R$ 500 para R$ 600 no vale-alimentação de técnicos e professores.

O coordenador político do Sintunesp, Alberto de Souza, criticou as sugestões apresentadas pelo Conselho Universitário. A última contraproposta do sindicato previa maior planejamento do reajuste escalonado, com dois aumentos em 2013, dois em 2014 e outros acréscimos distribuídos nos anos seguintes. "Também acreditamos que o Conselho Universitário não é o fórum adequado para essa discussão, que deve ser feita entre o sindicato e a reitoria".

A expectativa de Souza é que os técnicos continuem de braços cruzados. "Faremos assembleias e pretendemos agendar novo encontro com a reitoria até sexta-feira da próxima semana", disse. Pelas contas do sindicato, ao menos 11 das 22 unidades da instituição ainda estão em greve: Araçatuba, Assis, Bauru, Franca, Ilha Solteira, Jaboticabal, Marília, Instituto de Artes (São Paulo), Rio Claro, São José do Rio Preto e Sorocaba. Em parte dos campi, o movimento é apoiado pelos estudantes, que pedem melhorias nos programas de assistência universitária e maior representatividade dentro da Unesp.

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