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Nova chance para acertar na USP

Faltou muito pouco para eles passarem na Fuvest nos vestibulares anteriores. Neste domingo, milhares de candidatos tentam melhorar os pontos para chegar lá

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma grande quantidade de estudantes não consegue vaga na faculdade dos sonhos por muito pouco. Uma resposta errada em uma questão simples e pronto: lá se vão os preparativos de um ano inteiro ? às vezes até mais do que isso. Quando a prova em questão é a Fuvest, então, isso chega a ser comum. Afinal, são 8.927 vagas e mais de 150 mil candidatos na disputa. No fim das provas, cada curso vai deixar cinco, dez estudantes com gostinho de uma ?bola na trave?. ?Quando saiu o resultado final da última Fuvest, fiquei revoltada?, lembra a estudante Renata Tosi Lima (foto), de 18 anos. ?Tudo por causa da prova de física.? Renata tentou pela primeira vez, no ano passado, uma vaga em Farmácia na USP. Ficou na lista de espera, mas não conseguiu a vaga. ?Deu vontade de parar de estudar, de nunca mais voltar à escola?, lembra-se. ?Passei até metade deste ano com raiva do que aconteceu, mas tenho de me concentrar na nova tentativa.? Caprichando Para evitar o erro que a levou à desclassificação na última Fuvest, Renata caprichou nos estudos de física. ?Antes, tinha pânico da matéria?, afirma. ?Depois de um ano de cursinho, consegui entender alguns conceitos que pareciam muito difíceis.? Ela, porém, não descuidou das outras disciplinas. ?Continuo afiada em química e nas matérias de humanas.? Renato Campolino, de 19 anos, passou por situação semelhante: não conseguiu acesso à faculdade de Direito da USP, no ano passado, por causa do desempenho regular na redação. ?Fui muito bem em todas as outras provas?, diz. ?Acho que o nervosismo atrapalhou.? Mais preparado Renato, que vai fazer sua terceira tentativa na Fuvest, garante que está mais tranqüilo em relação à prova. ?Sinto-me mais preparado; minhas dúvidas são menores do que nos outros anos?, afirma. ?Só temo que a pressão de já estar no terceiro ano de vestibular me deixe nervoso na hora.? Tanto ele quanto Renata afirmam que o fato de terem ficado pertinho da vaga no ano passado não fez crescer a pressão dos pais com o resultado. Em compensação, fez aumentar ? e muito ? a autocobrança pelo resultado positivo. ?Este ano, vou passar. Estou fazendo tudo o que me recomendam?, afirma Renato. ?Tenho dormido cedo, mantido uma alimentação saudável e usado estes últimos dias só para tirar algumas dúvidas. Tem de dar certo.? Renata concorda que tem sofrido muita pressão ? dela mesma. ?Tenho me cobrado demais?, diz. ?Estou nervosa, agitada, tensa mesmo. Talvez se eu não soubesse como é a prova e o clima que ela cria, não estivesse tão insegura quanto agora.?

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