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Notícias que podem cair na prova

Por Agencia Estado
Atualização:

Protestos de jovens na França Após dois meses de greves e protestos sindicais e estudantis, em abril, o governo da França substituiu o polêmico Contrato de Primeiro Emprego (CPE), que permitia a demissão de trabalhadores menores de 26 anos sem justificativa nos 24 meses de experiência. Manifestações de jovens tomaram conta da França. A maior delas ocorreu no dia 28 de março, quando mais de 1 milhão de pessoas protestaram no país para que o premiê Dominique de Villepin retirasse o contrato. A ?terça-feira negra?, como foi batizado o movimento, provocou paralisações, principalmente no setor público. O protesto de Paris foi o mais numeroso e levou 700 mil pessoas às ruas. Houve confrontos com a polícia e mais de 400 prisões. Estudantes fecharam uma parte das 84 universidades públicas. O CPE foi substituído por um mecanismo a favor da colocação profissional dos jovens com dificuldades no mercado de trabalho. Depois da polêmica, as intenções de voto para Villepin nas próximas eleições presidenciais despencaram. Apenas 6% da população declarou votar no premiê. Irã anuncia produção de combustível nuclear O governo do Irã anunciou no começo do ano que iria reiniciar pesquisas com enriquecimento de urânio, usado como combustível nuclear. Em abril, foram divulgados novos avanços no setor e o presidente, Mahmud Ahmadinejad, deixou claro que não pretende abandonar as atividades por considerar seu direito desenvolver todo o ciclo da tecnologia nuclear. Os EUA e a União Européia suspeitam que o regime iraniano desenvolve um programa atômico para fabricar armas e querem a interrupção das atividades. A posição do Ocidente serviu para acirrar desavenças entre Irã e Israel. O governo iraniano não reconhece a existência de Israel e ameaça entrar em guerra contra o país caso seja atacado pelos EUA. Ahmadinejad retomou o discurso radical da Revolução Islâmica, de 1979, e tem repetido que ?Israel precisa ser varrido do mapa?. Brasil também fará enriquecimento de urânio Ainda sobre a questão nuclear, no começo do mês foi inaugurada a primeira unidade de enriquecimento de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil, em Resende (RJ). O ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende declarou que o Governo Federal deve anunciar ainda neste ano a retomada da usina nuclear de Angra 3. A fábrica utiliza tecnologia nacional desenvolvida pela Marinha. As ultracentrífugas brasileiras são quase quatro vezes mais econômicas e produtivas do que as tradicionais utilizadas nos Estados Unidos e na Europa. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) exigia visualização total dos equipamentos para garantir que ele não seria usado para a produção de armas nucleares. O urânio para geração de energia é enriquecido a 3,5%; já para a bomba, precisa ser enriquecido acima de 90%. O Brasil permitiu visualização, sem comprometer o segredo tecnológico. PCC espalha medo e violência em São Paulo O Primeiro Comando da Capital (PCC) desencadeou uma onda de atentados no Estado de São Paulo, desde a noite de sexta-feira passada. Em uma demonstração de força e ousadia, os criminosos realizaram 253 ataques, causando a morte de 124 pessoas (das quais 71 eram agressores). Houve também rebeliões simultâneas em 73 presídios do Estado de São Paulo. A onda de terror espalhada pela organização criminosa foi uma reação à transferência de líderes do PCC para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 620 km da capital). Entre os 765 presos transportados para a penitenciária de segurança máxima está o líder da organização criminosa e mandante dos ataques, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, de 38 anos, condenado a 39 anos de prisão por assalto a banco e formação de quadrilha. A suspensão dos ataques teria sido ordenada pelo próprio Marcola, em um acordo feito com representantes do governo e uma advogada. A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo nega a negociação. Primeiro brasileiro no espaço O tenente-coronel Marcos César Pontes, de 43 anos, tornou-se o primeiro brasileiro a viajar ao espaço. No dia 29 de março, às 23h30 (horário de Brasília), Pontes, o russo Pavel Vinogradov e o americano Jeffrey Williams decolaram da base de Baikonur, no Casaquistão, a bordo da nave espacial Soyuz TMA-8. O brasileiro levou oito experiências científicas para realizar no espaço durante a Missão Centenário, batizada com esse nome em homenagem aos cem anos do vôo do 14 Bis, o avião criado pelo brasileiro Santos Dumont. A viagem, que durou oito dias, causou polêmica pelo valor gasto pela Agência Espacial Brasileira (AEB) na expedição: cerca de US$ 10 milhões. Ao voltar à Terra, o tenente-coronel admitiu que sua viagem ao espaço custou caro ao governo, mas destacou que esses investimentos serão importantes para desenvolver o programa espacial brasileiro e para a consolidação da ciência e tecnologia no País.

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