25 de novembro de 2010 | 11h56
Com o gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em mãos e uma maratona de vestibulares a ser cumprida até o ano que vem, alguns estudantes já não se sentem animados a refazer a avaliação – mesmo com a confirmação de vazamento de parte do conteúdo da prova de redação.
“Se o Enem fosse cancelado, não haveria data. Ainda tem muitos vestibulares pela frente”, diz Guilherme Aruth, de 19 anos. Pela segunda vez, o estudante presta Medicina nas principais universidades federais do País. “Mas acho correto fazer uma nova prova para quem foi prejudicado”.
Já a dona de casa Eliza de Souza Tenuta, de 56 anos, “gostaria de ter uma nova oportunidade”. Para ela, “o novo Enem deveria ser estendido a todos os candidatos para dar chance igual aos participantes”. Eliza pretende realizar um grande sonho: cursar licenciatura ou bacharelado em História no próximo ano.
Caroline de Souza Oliveira, de 17 anos, aluna do cursinho Instituto Henfil, em Mauá, na Grande São Paulo, prefere não refazer a prova. Ela pegou as folhas que continham o cabeçalho do gabarito invertido e disse que os monitores foram solícitos e eficientes. “Ninguém foi prejudicado”, afirma.
“Não havia necessidade de todo esse alvoroço para anular o Enem”, diz a jovem. Caroline concorda com as medidas adotadas pelo Ministério da Educação, que mantém válida a edição 2010 do exame. Também acredita que o vazamento foi pontual e não prejudicou as mais de 4 milhões de pessoas inscritas na prova.
“O aluno (que soube do conteúdo) não teve tempo para pensar na redação, pesquisar e ter um desempenho melhor. Acho que não é preciso cancelar tudo por causa disso”, fala Caroline.
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