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'Não temos do que reclamar'

Por Paulo Saldaña
Atualização:

O geógrafo e pedagogo Hércules Pedroso de Almeida, de 64 anos, não demora a exibir, no início da conversa com a reportagem, um cartaz com um gráfico que mostra a evolução da Escola Estadual Visconde de Taunay no Idesp - 7,11. Também separa os cadernos com os mapas de sondagem, que são os acompanhamentos individuais dos alunos. "Os resultados são um orgulho para a gente, estamos de olhos nisso desde o primeiro dia de aula", diz Almeida, diretor da unidade desde 2007 e com 42 anos de magistério da rede estadual.Além do acompanhamento dos resultados e da evolução dos alunos, Almeida conta que segue o currículo do Estado "de ponta a ponta". "Aplicamos à risca."A escola, no bairro do Limão, zona norte, tem 423 alunos e é a única da rede na cidade de São Paulo a conseguir se colocar no topo dos indicadores de qualidade mesmo atendendo alunos mais pobres. O Ideb, indicador federal de qualidade, também acompanha a subida. "Temos uma boa interação com as famílias, isso faz a diferença", diz Almeida.A escola completou no ano passado 65 anos de existência, quando recebeu, enfim, a cobertura da quadra de esportes. A unidade tem um amplo terreno. Além de abrigar 12 salas, é repleta de áreas verdes, bananeiras, hortas plantadas pelos alunos e muito lugar para brincar. "Aqui não temos do que reclamar, nunca faltou nada. Até água nós temos", diz o diretor.A direção gere a escola com pulso forte, que se vê também no silêncio da unidade e na limpeza do ambiente. A vice-diretora, Marcia Okuma, de 46 anos, ainda destaca o trabalho em equipe: metade dos 20 professores da escola estão há mais de dez anos na unidade. "O que mais adoro aqui é o compromisso dos professores, são todos parceiros. E acaba melhorando a relação com a sociedade", diz ela, há seis anos na função. / P. S.

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