CONTEÚDO PATROCINADO

Mudança pauta as universidades privadas

Em um primeiro momento, calouros não terão contato com a algazarra típica dos campi

PUBLICIDADE

Por Redação
2 min de leitura

Quem está realizando em 2021 o sonho de chegar ao ensino superior terá uma experiência muito diferente daquela vivida pelos calouros nos anos anteriores. Não haverá a algazarra típica dos campi nem aquele frisson à espera de conhecer colegas, professores e ambientes de aula.

A perspectiva geral é a permanência do ensino online enquanto a pandemia não estiver sob controle – o que todas as projeções indicam que só começará a ocorrer a partir do segundo semestre, a depender do ritmo de cobertura da vacinação.

As mudanças no ensino superior não são tão provisórias quanto pode parecer. Tanto as estratégias de estudo quanto a postura de professores e estudantes deverão sair da pandemia definitivamente transformadas. “Era um processo que já estava em andamento e foi acelerado pela crise da covid-19”, avalia Alexandre Gracioso, vice-presidente acadêmico da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Continua após a publicidade

Os novos tempos exigirão dos estudantes uma nova atitude, considera o gestor. “Talvez muitos que estão saindo do ensino médio e chegando à universidade não estejam preparados para agir com o foco e a organização necessários. Mas vão precisar se adaptar rapidamente, pois é um caminho sem volta. Não apenas para a trajetória acadêmica, mas para o resto da vida deles.”

 Investimentos em tecnologia

Com 12 mil estudantes e cerca de 1.500 ingressantes agora em fevereiro, a ESPM já definiu que o ano letivo será iniciado com atividades 100% remotas. Formatos diferentes até podem surgir a partir de março, desde que as orientações das autoridades em relação à pandemia permitam essa alternativa.

Continua após a publicidade

“Estamos acompanhando também a sensação dos estudantes e das famílias a respeito. No atual momento da pandemia, o bom senso indica a continuidade das atividades remotas”, avalia Gracioso. Ele ressalta que é praticamente impossível fazer qualquer planejamento para o resto do ano. “Não há como imaginar como será o segundo semestre, por exemplo. Precisamos ir avaliando dia após dia.”

A Universidade Paulista (Unip) adotou a nomenclatura flex para definir o ensino que alterna entre o presencial e o remoto. “Até que a pandemia seja superada, as aulas teóricas continuarão a ser oferecidas por meio remoto. As aulas práticas, laboratórios e estágios serão presenciais, mantendo todas as condições prescritas pelas autoridades sanitárias”, descreve Marilia Ancona-Lopez, vice-reitora da universidade.

Com quase 500 mil alunos, a Unip, ao longo da pandemia, vem investindo no aprimoramento da plataforma com o conteúdo programático de todas as disciplinas, incluindo aulas ao vivo ministradas pelos professores e com todo o suporte tecnológico necessário para o acompanhamento dos estudantes. Na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o primeiro semestre letivo será iniciado no dia 1º de março, com 100% das atividades de ensino e de pesquisa em funcionamento, como já ocorreu durante o ano de 2020. Segundo a reitoria, a maior parte das atividades será realizada remotamente, sempre com aulas síncronas, que garantem a interação direta e simultânea entre os professores e os estudantes. A instituição informou também que as atividades realizadas em laboratórios, as aulas práticas e os serviços da área da saúde continuarão a ocorrer de forma presencial, assim como se deu em 2020.

Continua após a publicidade

Getty Imagens 
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.