21 de dezembro de 2011 | 23h52
SÃO PAULO - O Ministério Público Federal no Ceará prepara uma ação civil pública para suspender os efeitos do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) em todo Brasil até que seja concluído o inquérito da Polícia Federal. A ação não impediria a abertura do Sisu em janeiro, mas deixaria em suspeição a realização das matrículas. O procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho não descarta, entretanto, pedir a suspensão total do processo.
A nova ação deve ser protocolada na Justiça Federal no Ceará até o dia 7 de janeiro devido ao recesso de fim de ano - a data é a mesma da abertura do Sisu para as inscrições. A expectativa, no entanto, é de que o inquérito da Polícia Federal fique pronto antes do dia 19 de janeiro, quando começam as matrículas. "Temos de fazer condicionamento dos efeitos do sisu a uma explicação do que aconteceu", disse o procurador. "Nada impede que peça a suspensão do Sisu."
De acordo com o procurador, é preciso deixar claro que o discurso oficial do Ministério da Educação (MEC) tenta apenas localizar o vazamento do Enem. "O fato de eles terem admitido mais um degrau do vazamento é uma coisa séria, mostra a vulnerabilidade da posição deles."
A decisão do procurador foi motivada após a extensão do cancelamento de 14 questões do Enem para mais 500 alunos de cursinho do Christus, de Fortaleza.
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