O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) está questionando a aprovação de um candidato analfabeto em um concurso público do município de Ribeirão e recomenda a exclusão do aprovado na seleção.
A recomendação foi feita ao prefeito de Ribeirão, Clóvis José Pragana Paiva, e à empresa Consultoria e Assessoria Medeiros (Comede), organizadora do concurso público da prefeitura do município.
Segundo o MP, o andamento do concurso foi paralisado a partir de uma denúncia de irregularidades encaminhada pelo vereador Mario Teixeira de Paula, mas constatou-se que apenas um candidato, que não sabe ler e escrever – apenas assina o nome – foi aprovado para o cargo de agente patrimonial, que exige ensino fundamental completo.
O candidato admitiu, durante interrogatório na Promotoria do município no dia 22, ter feito a inscrição para o cargo de agente patrimonial sem ter ainda o nível escolar necessário para a função. Disse também que não consegue ler nem escrever, apenas assina seu nome, e que uma funcionária do local onde se inscreveu preencheu seus dados no formulário.
Após o MP-PE notificar a prefeitura de Ribeirão sobre o caso e os atos da Comede, a empresa encaminhou resposta ao município com o gabarito da prova e a lista de inscrição, constando a assinatura do candidato.
A prefeitura dará continuidade ao certame desde que homologue o resultado sem o nome do candidato analfabeto.