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Ministro quer que vestibular só tenha matemática e português

Cristovam entende que, para cursar a universidade, o aluno "não precisa saber tudo de biologia, química ou geografia".

Por Agencia Estado
Atualização:

Não importa o curso, o vestibular abordaria somente português e matemática. Essa é a mais nova idéia do ministro da Educação, Cristovam Buarque, para tentar mudar o processo seletivo nas universidades e faculdades brasileiras. "Quem souber matemática e português aprende qualquer coisa", disse Cristovam nesta quarta-feira em São Paulo. O ministro defenderá essa posição no dia 14, na reunião do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub). Cristovam entende que, para cursar a universidade, o aluno "não precisa saber tudo de biologia, química ou geografia". "Isso ele aprende lá dentro." Na opinião do ministro, dependendo do curso, a pontuação seria diferente nas provas de português e matemática. "Para quem vai fazer Jornalismo é mais importante português, para quem vai fazer Física, matemática." A nova idéia seria incorporada ao projeto, também defendido pelo ministro, de uma avaliação ao fim de cada um dos três anos do ensino médio. Atualmente, os vestibulares das maiores universidades do País exigem o conhecimento geral do aluno, o que inclui questões de todas as disciplinas do ensino médio. A prova de Redação é obrigatória. No entanto, outras avaliações educacionais, como o Sistema Nacional de Avalição da Educação Básica (Saeb), realizado pelo ministério, só testa os conhecimentos em português e matemática dos alunos. As propostas do ministro serão apresentadas aos reitores, mas as universidades têm autonomia para escolher seu processo seletivo. Cegos Cristovam também participou na quarta-feira do lançamento do material em braile do curso TV na Escola e os Desafios de Hoje. O projeto - que é um curso de extensão a distância - foi lançado pelo governo anterior e existe hoje em cerca de 5 mil municípios. Já foram capacitados 80 mil professores para utilizar os vídeos e os materiais impressos do TV na Escola. A intenção agora é ampliar o projeto para professores e alunos cegos. O material em braile será produzido e distribuído pela Fundação Dorina Nowill.

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