Ministro quer acadêmico na direção da Capes

Marcel Bursztyn, que atualmente coordena o programa de doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento na Universidade de Brasília, é o mais cotado para o cargo

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O mais cotado para assumir a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é o professor Marcel Bursztyn, que atualmente coordena o programa de doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento na Universidade de Brasília. Na semana passada, o então presidente da Capes, Carlos Roberto Jamil Cury, pediu demissão do cargo, em caráter irrevogável, alegando problemas de saúde. O provável substituto, o economista Bursztyn, atuou como assessor especial de planejamento do Distrito Federal no governo de Cristovam Buarque e ocupou o cargo de secretário-adjunto da Indústria e Comércio. Escreveu vários livros, entre eles Cristovam Buarque - O semeador de utopias. A aproximação com o ministro e o fato de ser da comunidade acadêmica o credencia ao cargo, mas a decisão final caberá à Casa Civil, que homologa ou rejeita as nomeações. "Sinais de dificuldade" A saída de Cury causou preocupação no Conselho Técnico-Científico da Capes. Em carta entregue a Cristovam, os conselheiros afirmam que "causou grande impacto e apreensão, vindo somar-se a outros sinais de dificuldade do conjunto da pós-graduação brasileira, neste momento que coincide com o acompanhamento anual dos nossos cursos de pós-graduação". Cristovam prometeu indicar um acadêmico comprometido com a pós-graduação e reafirmou que governo manterá o portal de periódicos da Capes, mas negocia uma redução de preços pelo serviço, que consome R$ 80 milhões anuais. O valor economizado será aplicado na própria agência. "Se conseguirmos reduzir, por exemplo, o gasto em 10%, poderemos criar mais 32 bolsas de pós-graduação", estima.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.