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Ministro propõe universidade aberta e global

Em conferência da Unesco, Cristovam Buarque pede ajuda de países ricos a universidades de países pobres, principalmente na África

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, defendeu em Paris a necessidade de ação urgente dos países ricos e emergentes para o desenvolvimento do ensino superior nos países pobres, principalmente das universidades africanas. O alerta foi feito na abertura da Conferência Mundial de Educação Superior +5, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O ministro disse também que é preciso que os governantes tomem consciência da importância de uma "verdadeira revolução" nesse sistema de ensino. "Temos que lutar por sua defesa e por sua transformação. Entender suas dificuldades, suas limitações e formular um novo propósito, novas estruturas, novos métodos", afirmou. Cristovam foi orador do evento que reúne mais de 400 especialistas, ministros e autoridades de cerca de 120 países para debater a necessidade de mudanças na educação superior. Para fortalecer esse movimento mundial, ele propôs a criação de uma data destinada à reflexão sobre o ensino superior no Século 21. Sem fronteiras Na palestra, ele apresentou o que considera as principais questões que devem ser pensadas para a realização dessa mudança. "As universidades de todo o mundo devem se tornar abertas para todos, sem muros ou campus definidos fisicamente, devem ser sustentáveis, unificadas e sem fronteiras entre si", explicou. A incorporação da informática nos métodos pedagógicos, a abordagem dinâmica do conhecimento pelas universidades e a integração mundial das instituições são algumas dessas questões. Buarque acredita que não existirão mais fronteiras entre as universidades. "A universidade do mundo tem hoje aproximadamente 64 milhões de alunos e sete milhões de professores, de acordo com o Anuário da Unesco". O desafio, segundo ele, é conseguir que as universidades consigam reunir todo o sistema de criação de conhecimento. A Conferência prossegue até o dia 25, na sede geral da Unesco, na capital francesa. Além de debater novas propostas para o ensino superior, os participantes também analisarão os avanços ocorridos desde a primeira edição da conferência, em 1998. Naquela ocasião, foi assinado pelos países participantes a Declaração Mundial sobre o Ensino Superior no Século 21.

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