Ministério pede suspensão de aval para novos cursos na área de saúde

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde diz que há "abertura indiscriminada de cursos sem critérios técnicos". Algumas regiões formam profissionais demais, enquanto faltam médicos em outras

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Saúde, Humberto Costa, recomendou a suspensão por 180 dias, no mínimo, de novas autorizações para abertura de cursos superiores na área de saúde. Resolução do ministro, publicada nesta terça-feira no Diário Oficial, obedece a decisão tomada pelo plenário do Conselho Nacional de Saúde (CNS) para corrigir distorções, como a concentração da oferta no Sul e Sudeste. As duas regiões têm juntas 72% dos cursos, ante 6% do Norte. A autorização para abertura de cursos cabe ao Ministério da Educação, depois de consulta ao CNS. Mas, segundo a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Maria Luiza Jaeger, a resolução tem o apoio do MEC. "Está ocorrendo uma abertura indiscriminada de cursos sem critérios técnicos", disse Maria Luiza. Desequilíbrio entre regiões Como exemplo, a secretária citou o caso de Brasília, que já formou mais de mil administradores hospitalares, superando o que o mercado consegue absorver. Já no Norte, o governo não pode ampliar o número de leitos para adultos em UTIs por falta de médicos. O CNS traçará um perfil do mercado para definir como acabar com as desigualdades regionais. Também decidirá quais cursos devem ser criados prioritariamente para atender às necessidades da população ou que permitirão ampliar a rede do Sistema Único de Saúde.

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