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Microsoft faz parceria com universidades brasileiras

A companhia está focando seus esforços principalmente no desenvolvimento de webservices, na plataforma .NET

Por Agencia Estado
Atualização:

A Microsoft está investindo em desenvolvimento tecnológico dentro do País. Desembolsou US$ 50 mil em dois laboratórios de informática instalados na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade de Campinas (Unicamp) e ainda tem planos para chegar a outras instituições. "Trata-se de um projeto de longo prazo, contínuo, que vamos desenvolver em etapas", disse à Agência Estado o criador do programa desenvolvido pela unidade Microsoft Research, John Spencer. A intenção do programa é, dentro de dois anos, firmar acordo com institutos como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), fornecer bolsas de estudo e criar concursos para premiar as melhores idéias nascidas no meio acadêmico. Acompanhado do gerente do programa de Relações com Universidades para a América Latina, Jaime Puente, Spencer inaugurou nesta quarta-feira o laboratório na Unicamp. Na próxima semana, dia 28, acontecerá o lançamento na USP. Cada laboratório é equipado com dez computadores, um servidor e diversos softwares para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. "Inicialmente, os laboratórios têm essa estrutura, mas ela pode se tornar maior de acordo com a necessidade e a produção", afirmou Puente. Segundo o executivo, um dos objetivos da companhia, além de enriquecer o currículo das melhores universidades, é estimular o desenvolvimento de produtos que integrem e unifiquem diferentes linguagens. "Vamos fornecer toda a tecnologia da Microsoft, como hardware, softwares, enfim, ferramentas para enriquecer o aprendizado dos estudantes", disse Puente. "A indústria tem uma relação bastante estreita com as pesquisas acadêmicas", completou o executivo que assumiu o cargo há dois meses, sucedendo Spencer. A companhia está focando seus esforços principalmente no desenvolvimento de webservices, na plataforma .NET. "Tecnologias inovadoras na área de segurança e gerenciamento de conteúdo são outros temas de pesquisa que podem ser desenvolvidos", completou Puente, lembrando que o direcionamento das pesquisas depende do interesse de professores e alunos. Um exemplo disso é o desenvolvimento de aplicativos para o Tablet PC, um laptop que pode ser usado como uma prancheta eletrônica e que permite aos usuários escreverem na tela. Caso haja interesse no desenvolvimento de tais recursos, a Microsoft cogita a doação desses aparelhos para a universidade. Segundo o coordenador do centro de pesquisa na Unicamp, Tomasz Kowaltowski, essa é uma oportunidade de alunos e professores conhecerem uma tecnologia a mais. O próprio Kowaltowski desenvolveu um revisor ortográfico e gramatical que atraiu o interesse da Microsoft e acabou sendo incorporado no programa Office. "É importante que os alunos se atualizem e tomem conhecimento de todas as linguagens que existem no mercado ainda na faculdade", afirmou. Spencer aponta outra vantagem: o contato com tecnologias de vanguarda, ainda desconhecidas do grande público. Na USP, o laboratório foi montado no Centro de Computação Eletrônica (CCE), e permite que todos os alunos utilizem sua infra-estrutura. De acordo com o presidente da Comissão Central de Informática da USP, Paulo César Masiero, o espaço vai oferecer apoio qualificado aos alunos da graduação e da pós-graduação na elaboração de projetos, inclusive de iniciação científica.

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