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Metas para educação estão distantes, diz relatório

Por Agencia Estado
Atualização:

O mundo anda a passos lentos para cumprir as metas para melhorar a situação educacional em todos os países até 2015. Os objetivos, em seis áreas, foram definidos por uma conferência que reuniu mais de 160 países em Dacar, no Senegal, em 2000. Mas o relatório Monitoramento Global da Educação para Todos, apresentado na segunda-feira em Brasília, mostra que eles devem ser alcançados no prazo só por 41 países, a maioria entre os chamados desenvolvidos. Outros 51 assumem hoje uma posição intermediária - entre eles o Brasil - e estão atrasados em relação à posição que deveriam ocupar para cumprir as metas no prazo. E um grupo de 35 nações, a maioria na África Subsaariana, está muito longe dos objetivos e, se não houver investimento e compromisso mundial nos próximos dez anos, não deve atingi-las. Fora da escola O número de crianças fora da escola, apesar de ter caído nos últimos anos, ainda é de 103,5 milhões. Segundo o relatório, hoje, apenas 84% das crianças do mundo estão na escola. Se a evolução seguir esse ritmo, o índice chegará a 87% em 2015, quando deveria ser próximo de 100%. A igualdade no acesso à escola para meninos e meninas é outra meta distante, pois deveria ser atingida já em 2005, em vez de 2015. Em 2001, segundo a Unesco, 57% das crianças fora da escola, no mundo, eram meninas. Compromisso A representante da Unesco Carol Bellamy pediu aos participantes da Reunião de Alto Nível para Educação, que começou ontem em Brasília, compromissos e ações para que as metas de Educação para Todos sejam atingidas. "Vamos agir agora. Sem mais promessas não cumpridas", disse Carol na abertura do encontro. A cobrança foi dirigida aos representantes de todos os países, mas especialmente aos chamados doadores - os desenvolvidos que se comprometeram em 2000, na Conferência de Dacar, a não deixar faltar recursos para o cumprimento das metas de Educação para Todos até 2015. Seriam necessários, hoje, US$ 6,5 bilhões para garantir o acesso universal à educação. A ajuda existente é de US$ 1,54 bilhões. Segundo a Unesco, é preciso que os países invistam pelo menos 6% de seu PIB em educação. A maior parte não o faz.      mais estatísticas de educação

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