Melhores do Enem terão bolsa de universidade espanhola

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Por Lisandra Paraguassu
Atualização:

Dez candidatos ao Programa Universidade para Todos que tiverem ótimos resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão a oportunidade de estudar, com bolsa integral, na Universidade de Salamanca, uma das melhores e mais antigas instituições da Espanha. Um acordo assinado hoje entre a universidade, o MEC e o banco Santander - que vai financiar as bolsas - abriu a possibilidade para a criação da primeira fase internacional do ProUni.A seleção será feita pelo próprio MEC. Depois da abertura das inscrições no ProUni, o ministério irá verificar quais os estudantes candidatos ao programa que tiraram as melhores notas em cada uma das áreas para as quais serão concedidas bolsas este ano - biologia, biotecnologia, estatística, farmácia, física, informação e documentação, engenharia de materiais, engenharia de edificações, matemática e sociologia. Para eles, através de um telefone, será oferecida a oportunidade de estudar em Salamanca em vez de em uma instituição brasileira. Os selecionados receberão uma bolsa integral da universidade mais uma bolsa de sobrevivência de 11.800 euros - para alojamento, comida, livros, etc. - do banco Santander, além de passagens anuais para o Brasil. Além disso, terão uma bolsa inicial do governo brasileiro, por seis meses, para estudar espanhol e fazer um exame de proficiência de língua e de equivalência do ensino médio antes de iniciar a graduação. "Serão 10 novas bolsas por ano até completarmos 40", explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad. "A partir do ano que vem, essas bolsas serão inseridas no sistema de seleção do ProUni e os estudantes poderão se candidatar diretamente, como para uma bolsa em qualquer instituição brasileira". Os beneficiados com a bolsa terão os mesmos deveres daqueles alunos de mestrado e doutorado que hoje são financiados pelo governo brasileiro para estudarem no exterior: terão que voltar ao Brasil sob pena de terem que reembolsar os custos. O diploma recebido por Salamanca terá que ser validado no Brasil, como o de qualquer outra instituição estrangeira.