
29 de janeiro de 2009 | 18h52
O Ministério da Educação determinou a suspensão de qualquer forma de ingresso nos cursos de medicina das universidades Severino Sombra, em Vassouras (RJ), e Iguaçu, no campus Itaperuna (RJ) e do Centro Universitário de Valença (RJ), por problemas na qualidade dos cursos. As instituições têm seis meses para iniciar o saneamento das deficiências encontradas ou poderão enfrentar um processo administrativo que, de acordo com o MEC, pode levar ao descredenciamento dos cursos. Os três passaram por um processo de supervisão e foram encontrados diversos problemas, incluindo excessivo número de alunos, falta de vagas para os estágios finais do curso e deficiências em laboratórios e bibliotecas. Elas fazem parte de um grupo de 17 cursos que recebeu conceitos 1 e 2 no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) e foram selecionadas para passar por uma supervisão com visitas in loco. Em 12 foram encontrados problemas considerados menos graves e as instituições já assinaram termos de saneamento com o MEC. Quatro receberam medidas cautelares suspendendo ou reduzindo o número de vagas em dezembro do ano passado. Entre elas, a Unig de Itaperuna. No entanto, a instituição descumpriu a determinação do MEC e realizou seu vestibular alguns dias após a medida. O ingresso foi suspenso, então, por determinação da justiça. A universidade Severino Sombra e o Centro Universitário de Valença tiveram os ingressos suspensos por medida cautelar. "A expectativa é que, com menos alunos, essas instituições possam dar mais atenção aos seus atuais alunos", disse a secretária de ensino superior, Maria Paula Dallari. "Se não houver um saneamento desses problemas, a próxima medida é a abertura de um processo administrativo que pode ir até o fechamento". Procurada pelo Estado, a universidade Severino Sombra informou, por meio da sua assessoria, que havia sido informada da medida cautelar pelo Diário Oficial e tomaria "as medidas judiciais cabíveis". No campus de Itaperuna da Universidade de Iguaçu, o Estado foi informado, por três vezes, que o responsável por falar pela instituição estava em reunião e não podia ser interrompido. O Centro Universitário de Valença prometeu uma nota de resposta, que não foi recebida até o final desta tarde.
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