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MEC incentivará médico residente a dar aulas

Idéia é garantir residência médica em centros de excelência em troca de dois anos de trabalho em Estados carentes

Por Agencia Estado
Atualização:

A Secretaria de Educação Superior (Sesu) deve receber em menos de 60 dias uma proposta para reformulação dos programas de residência médica. Entre as medidas que serão sugeridas está uma que tentará melhorar a formação de profissionais em áreas consideradas carentes e reduzir a desproporção nas áreas de especialização. Batizada de "residência sanduíche", a proposta deverá oferecer a médicos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste a possibilidade de fazer residência em centros de ponta como os do Sul e Sudeste do País. "Eles fariam 90% do curso nessas instituições com o compromisso de retornar ao seu Estado para acabar a formação e se dedicar, nos dois anos seguintes, à formação de profissionais", afirmou o secretário-adjunto da Sesu, Antonio Carlos Lopes. Segundo Lopes, o ministro da Educação, Tarso Genro deu sinal-verde para que os detalhes sejam acertados em dois meses. Bolsas É preciso definir os critérios para escolha dos alunos convidados a receber treinamento em centros de excelência. Lopes afirmou que, para isso, o ministério terá de providenciar uma bolsa de estudos. O secretário-executivo tem consciência de que a tarefa não será fácil, mas aponta razões para que uma solução seja encontrada: "É uma questão de prioridade e a bolsa não será tão alta", argumentou. A residência sanduíche também estaria voltada para corrigir algumas distorções criadas na área de saúde. "Em algumas regiões há uma demanda surpreendente por determinadas especialidades", afirmou. Outra alteração que será avaliada é a inclusão de uma prova prática para admissão no programa de residência. "A forma atual privilegia aqueles que têm condições de fazer cursinhos preparatórios", ponderou.

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