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MEC encontra mais de 1t de merenda estragada no CE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE/MEC) instaurou uma auditoria para apurar o motivo para cerca de 1,5 tonelada de alimentos da merenda escolar de Fortaleza estarem fora do prazo de validade. A prefeitura já incinerou 502kg dos alimentos estragados e os auditores do FNDE encontraram mais 1 tonelada de mantimentos sem condições de consumo. A denúncia foi feita pelo Conselho de Alimentação Escolar do município (CAE) à Diretoria de Alimentação Escolar do FNDE. Desde a semana passada, dois técnicos do FNDE visitam as escolas da cidade acompanhados de membros da Vigilância Sanitária, órgão responsável pelo recolhimento dos alimentos estragados. "Recebemos a denúncia de que mais de uma tonelada de alimentos estava fora do prazo de validade de consumo e com problemas de armazenamento", disse a Coordenadora de Orientação da Auditoria Interna do FNDE, Maria Angélica Gonçalves. Se as irregularidades forem comprovadas pelo MEC, a prefeitura poderá deixar de receber o repasse de recursos da merenda escolar. "Nosso objetivo não é suspender o repasse dos recursos, somente em último caso faremos isso. Não podemos deixar as crianças sem merenda", destacou Angélica. Em Fortaleza, o FNDE atende 243 mil alunos do ensino fundamental, pré-escola e creches. O fundo repassou R$ 6,2 milhões em recursos em 2003. Neste ano já foram R$ 3,7 milhões. Segundo documentos fornecidos pela CAE, a coordenadora foi alertada que apenas uma regional de educação estaria com os alimentos estragados. Porém, os dois auditores do FNDE descobriram que todas as quatro regionais do município apresentavam o m esmo problema. "A primeira providência foi garantir que as crianças serão preservadas do problema, recolhendo o alimento antes de chegar às escolas", explica a coordenadora. Na próxima sexta-feira, dia 6, os técnicos retornam à Brasília com um relatório que vai consolidar informações para as ações do FNDE. "Estamos analisando todas as notas fiscais dos produtos, verificando se os alimentos com problemas foram comprados com a s verbas do MEC", disse.

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