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Mau desempenho no Provão dá prejuízo a cursos

Entre os cursos com pior desempenho no Provão, o total de inscritos nos vestibulares caiu de 35 mil para 18 mil; entre os melhores, ao contrário, a procura subiu 6%, de 145 mil para 154 mil inscrições

Por Agencia Estado
Atualização:

Ainda que nenhum curso reprovado jamais tenha sido fechado, o MEC destacou nesta quinta-feira que o mau desempenho no Provão acaba dando prejuízo às instituições reprovadas. Cruzamento de dados feito pelo ministério mostrou que caiu 49% o número de inscritos nos vestibulares das faculdades com conceito D e E, enquanto aumentou a procura pelos cursos com A e B. "Quando tem informação, a sociedade reage, e os alunos deixam de procurar os cursos de má qualidade", disse o ministro da Educação, Paulo Renato Souza. Segundo ele, a diminuição de inscritos nos vestibulares dos cursos reprovados "supera as conseqüências administrativas de fechamento de curso": "Os jovens são capazes de julgar mais do que a burocracia do ministério." O cruzamento de dados do Provão com o Censo da Educação Superior incluiu os cursos de administração, direito, engenharia civil, engenharia química, medicina veterinária e odontologia, no período de 1997 a 2001. Entre os cursos com pior desempenho no Provão, o total de inscritos nos vestibulares caiu de 35 mil para 18 mil; entre os melhores, ao contrário, a procura subiu 6%, de 145 mil para 154 mil inscrições. Paulo Renato não quis comentar rumores de que setores do PT cogitam a possibilidade de acabar com o Provão. Ele defendeu a importância do exame e disse que "tudo pode ser objeto de aperfeiçoamento".

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