Mapa da educação superior usará tecnologia brasileira

Apesar da participação de 33 países que compõem a América Latina e o Caribe já estar definida, ainda não foi estimado o número total de instituições envolvidas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Uma ampla base de dados sobre a educação superior na América Latina e no Caribe, projetada para armazenar dados de instituições de 33 países das duas regiões, já está com algumas diretrizes traçadas. A condução da parte tecnológica do projeto, denominado Mapa da Educação Superior na América Latina e Caribe (Mesalc), ficará sob responsabilidade de uma instituição brasileira: a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A decisão foi tomada em reunião com a comissão internacional do projeto, que ocorreu no fim do ano passado em Caracas, na Venezuela. O primeiro encontro técnico será realizado nos dias 24 e 25 de janeiro, em Belo Horizonte. A iniciativa é coordenada pelo Instituto de Estudos Superiores da América Latina e Caribe (Iesalc), entidade vinculada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A principal função da UFMG será sediar a base de dados do Mesalc utilizando a Plataforma de Integração de Dados das Instituições Federais de Ensino Superior (PingIFEs), sistema que possibilita o diálogo entre bases distintas, criado pelo Laboratório de Computação Científica da universidade. ?A proposta é reunir informações descritivas sobre a educação superior nos países envolvidos, de modo a permitir comparações sobre a qualidade do ensino oferecido?, disse Mauro Mendes Braga, pró-reitor de graduação da UFMG. Qualidade da pesquisa e do ensino, formação de recursos humanos, inserção social dos estudos desenvolvidos e promoção de ações culturais serão alguns dos indicadores do projeto. ?A partir da oferta desses dados em uma única plataforma aberta ao público, uma das diretrizes do Mesalc é permitir que os atores envolvidos com o ensino superior na América Latina e no Caribe trabalhem de maneira integrada, como ocorre em alguns países da Europa?, explica Braga, que integra a comissão internacional do projeto. Apesar da participação de 33 países que compõem as duas regiões já estar definida, ainda não foi estimado o número de instituições envolvidas. O próximo passo será a definição e adesão das instituições de ensino interessadas em participar. A política de acesso aos dados, afirma o pró-reitor da graduação da UFMG, ocorrerá por meio de um portal de acesso livre pela internet. O portal será destinado a representantes dos governos na área de educação e a indivíduos da comunidade acadêmica. O custo total do Mesalc está estimado em US$ 2 milhões, com recursos financiados pela Unesco e pelos ministérios da educação e agências de fomento dos países envolvidos.

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