Após invasão, manifestantes são retirados de escola estadual em SP

Grupo entrou na unidade na noite desta quarta-feira e foi tirado pela Polícia Militar; secretaria diz que desocupação foi pacífica

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Manifestantes que invadiram a Escola Estadual João Kopke, em Campos Elíseos, na região central da capital, foram retirados pela Polícia Militar na noite desta quarta-feira, 16. A retirada ocorreu logo após o grupo tomar a unidade.

Estudantes estão realizando protestos em várias partes do País contra a reforma do ensino médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB).

Manifestantes foram retirados após invasão da Escola Estadual João Kopke Foto: Filipe Araújo - 15-2-2011/AE

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Segundo a PM, não houve confronto e alguns manifestantes foram conduzidos ao 2º Distrito Policial (Bom Retiro). Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que "a desocupação da escola foi pacífica e as aulas seguem normais nesta quinta-feira". A pasta destacou que as reivindicações são contra medidas do governo federal.

Parecer. No Estado de São Paulo, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) tem atuado para conter protestos de alunos e evitar que as escolas estaduais sejam invadidas.

A Polícia Militar tem agido rapidamente quando os manifestantes tomam as unidades, pois a gestão estadual tem usado um parecer, da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que garante a autotutela dos prédios. Dessa forma, não é necessário o mandado de reintegração.

No dia 13 de outubro, 11 pessoas, das quais seis eram menores, foram detidas após invadir a Diretoria de Ensino Centro Oeste, na capital. Eles arrombaram um portão e tentavam entrar nas salas quando a polícia chegou e os impediu. No mesmo dia, 20 estudantes foram apreendidos por invadir a Escola Estadual Newton Pimenta Neves, em Campinas.

Ainda na mesma semana, a polícia desocupou duas escolas em Sorocaba e deteve 50 pessoas.

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Na época, a PGE disse que o Estado age de acordo com o parecer, que garante a autotutela, e a SSP informou que as ações foram pacíficas. A Secretaria da Educação argumentou ter tentado, sem sucesso, dialogar com os manifestantes. E disse que “não pactua com o impedimento de quaisquer aulas”.

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