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Mais de mil servidores da USP têm desconto por dias parados

Como docente não bate ponto, professores não foram punidos. Decisão de desconto ficou a cargo de dirigentes e diretores

Por Victor Vieira
Atualização:

SÃO PAULO - Mais de mil funcionários da USP, em greve há mais de dois meses, tiveram o ponto cortado nos salários pelos dias parados, segundo dados preliminares da reitoria. A instituição tem atualmente quase 17 mil servidores. Apesar de ameaças, os últimos reitores evitaram tomar essa medida. 

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Como não há registro de ponto docente, os professores não tiveram a mesma punição. A reitoria deixou a cargo dos diretores e dirigentes das unidades a decisão de descontar. A maioria dos funcionários punidos é dos órgãos da administração central.

Cada diretor optou por um tipo de desconto: de todo o mês parado ou de apenas alguns dias. Outros diretores descartaram a possibilidade de corte, por concordarem com a greve ou para evitar desgaste com os servidores. No último encontro entre o reitor e os diretores, foi discutida a necessidade de um parâmetro comum para orientar os descontos.

Doações. O corte de ponto ajudou a acirrar os ânimos até mesmo entre os grevistas que não foram punidos. “Não defendemos qualquer desconto, mas faltou isonomia: cortar salário de funcionário e não de docente”, criticou o presidente da Associação de Docentes da USP (Adusp), Ciro Correia. “É um retrato da irresponsabilidade e da falta de princípio ético e legal”, disse. A Adusp e o sindicato de funcionários têm pedido doações para ajudar os grevistas punidos.

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