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Lei municipal limita peso de mochilas escolares em SP

Estudantes serão orientados a levar apenas o material necessário para as aulas do dia

Por Agencia Estado
Atualização:

Aquela velha preocupação de pais e médicos com o peso das mochilas escolares carregadas pelos estudantes está com os dias contados, pelo menos na rede municipal de ensino. A prefeita Marta Suplicy (PT) regulamentou a lei que determina limite de peso: os alunos podem transportar, no máximo, 10% do seu próprio peso em material escolar. A lei, publicada sábado no Diário Oficial do Município, tem caráter educativo e já está em vigor. Os estudantes serão orientados a levar apenas o material necessário para as aulas do dia. Se algum professor do ensino fundamental observar que isso não está sendo cumprido, deverá notificar os pais. No ensino médio, os próprios alunos serão alertados. Além disso, haverá palestras e debates sobre o assunto, promovidos pelas escolas e distritos de saúde da região. Problemas de postura Embora não haja estudos científicos que comprovem que o peso das mochilas cause danos à postura ou problemas mais sérios muitos ortopedistas acreditam nessa associação. "Quando a criança passa a levar uma mochila com um peso que ultrapassa os 10% de seu peso corporal, imaginamos que começa haver algum problema postural", diz o chefe da disciplina de ortopedia pediátrica da Unifesp, Henrique Sodré. A nova lei pode ajudar estudantes como Anderson, de 8 anos, que mais de uma vez reclamou com a mãe de dores nas costas. A causa parecia uma só: o material escolar. "Ele reclamava que a mochila estava muito pesada", diz a mãe do garoto, Aparecida Paula Alves, que deu ao filho uma mala de rodinhas. Sua filha mais velha, Kelly, de 12 anos, também já havia reclamado. A menina leva parte dos livros e cadernos na mochila e parte na mão. "Agora acho que ela já se acostumou com o peso", diz a mãe. Os dois vão a pé para a escola.

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