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Justiça nega pedido de reintegração de posse da reitoria da USP

Juiz diz que retirada de alunos pela Tropa de Choque traria mais danos à imagem da universidade do que a paralisação parcial da instituição por causa do protesto

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A Justiça negou nesta quarta-feira, 9, o pedido de reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), ocupada por estudantes há oito dias. Após o fracasso da audiência de conciliação entre representantes da USP e dos alunos na terça-feira, 8, o juiz Adriano Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública da capital, reprovou a possibilidade de usar força policial para retirar os alunos. A universidade deve recorrer da decisão.

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O prédio está ocupado por alunos desde a terça-feira, 1º, em protesto por eleições diretas para a cúpula da instituição.

De acordo com o magistrado, o Judiciário não pode absorver conflitos negados pela postura antidemocrática de outros poderes, "sem o risco de ele próprio praticar o mesmo autoritarismo (repressão)". Laroca ainda argumentou que a retirada de alunos pela Tropa de Choque traria mais danos à imagem da universidade do que a paralisação parcial da instituição por causa do protesto.

Nesta quarta-feira, os estudantes fazem um protesto na Avenida Paulista a favor de mais democratização nas eleições da USP. Alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) organizaram caravana para reforçar a manifestação, que seguirá até a Assembleia Legislativa. A reitoria da Unicamp também está ocupada por alunos, que são contra a presença da Polícia Militar no câmpus.

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