Justiça multa sindicato dos professores de SP em R$ 300 mil

Sanção aplicada à Apeoesp é pelo bloqueio de rodovias durante protestos; categoria está em greve há 66 dias

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Por Victor Vieira
Atualização:
Em assembleia no vão livre do Masp, professores decidiram manter greve Foto: GABRIELA BILO/ ESTADAO

Atualizada às 16h31

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A Justiça decidiu nessa segunda-feira, 18, multar em R$ 300 mil o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) pelo bloqueio de rodovias. Os protestos nas estradas foram organizados por docentes da rede estadual, em greve há 66 dias. Os atos descumprem liminar conseguida pelo governo do Estado em abril. 

A decisão é da juíza Laís Helena Bresser Lang do Amaral, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. Segundo ela, os documentos apresentados pela Procuradoria-Geral do Estado comprovam que houve ocupação das estradas após o veto da Justiça. As manifestações, diz o governo, foram feitas nas rodovias Régis Bittencourt, Anchieta e Hélio Smidt.

A magistrada ordenou que os R$ 300 mil fossem bloqueados das contas da Apeoesp. Em caso de insuficiências dos valores nos cofres do sindicato, devem ser bloqueadas as contas dos dirigentes. 

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, disse que o sindicato vai recorrer da multa. "Mas os dias descontados pelo governo, apesar da decisão da Justiça a nosso favor, ainda não foram pagos. Isso não faz sentido." Ainda segundo Maria Izabel, nem todos os atos de grevistas são liderados pela Apeoesp. 

A categoria pede 75,33% de reajuste salarial, além de melhorias nas condições de trabalho. Já a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz que os professores da rede já ganharam aumento de 45% nos últimos quatro anos. Também defende que a negociação salarial seja em julho. 

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