20 de julho de 2012 | 11h35
Depois de vistoriar as instalações da área do saguão principal da Assembleia Legislativa da Bahia, ocupada desde 18 de abril por professores da rede estadual de ensino, o juiz Ruy Eduardo Almeida Britto acolheu o pedido da presidência da Casa e determinou a saída dos docentes do local.
De acordo com a decisão, os grevistas deveriam deixar o saguão até as 14 horas. No entanto, foi decidido em uma reunião na manhã desta sexta que eles resistiriam pacificamente à determinação da Justiça. De acordo com José Lourenço Dias, da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato), até às 16h20, não houve tentativas de remover os cerca de 3000 professores que ocupam o prédio. "Não iremos nos retirar, eles que terão que retirar o pessoal", disse.
Na mesma assembleia, os docentes decidiram manter a greve que já dura 101 dias e agendaram uma nova reunião para 9 horas da próxima terça-feira, 24. Os professores pleiteiam reajuste salarial de 14,26% ainda este ano, além do aumento de 6,5% que o governo baiano concedeu a todo o funcionalismo do Estado este ano. Os docentes também pedem que o corte de ponto que o governo faz desde maio seja revogado e que os professores não concursados que foram demitidos por causa da paralisação sejam readmitidos.
O governo oferece, além dos 6,5%, duas progressões de carreira, em setembro e em abril, mediante a participação deles em cursos de qualificação. De acordo com o governo, com as progressões de carreira, os reajustes salariais dos docentes seriam de entre 22% e 26%.
*Atualizada às 16h49
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