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Justiça autoriza reintegração de posse de reitoria da PUC

Alunos negam que tenha havido depredação e espalharam cartazes nas paredes com frases contra fumo e consumo de álcool no local

Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:

SÃO PAULO - A Justiça autorizou a reintegração de posse na reitoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ocupada nessa terça-feira, 17, por alunos da instituição. Segundo a decisão, a retirada do grupo do prédio da administração, no câmpus Perdizes, zona oeste da capital, pode ocorrer imediatamente. 

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Mesmo depois da liminar, os estudantes decidiram, em assembleia nesta quinta-feira, 19, permanecer no local. O texto da liminar, concedida pela juíza Vanessa Tavares Miranda de Lima, da 30ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, diz que houve "depredação do patrimônio e pichação", o que os estudantes negam. Se os manifestantes desocuparem o prédio, afirma a decisão, a multa diária é de 10 salários mínimos (cerca de R$ 7,9 mil).

Os alunos isolaram com fitas quadros e outros objetos que pudessem ser danificados. Eles negam que tenha havido qualquer depredação. A reportagem não constatou objetos danificados ou depredados. Toda a reitoria foi preenchida por cartazes nas paredes, com frases como "Não tragam bebidas alcoólicas" , "Não fumem, é melhor para preservar a nossa imagem",  "Respeitem o espaço" e "Lutamos por nossos direitos".

Estudantes isolaram com fitas objetos de valor na reitoria, como quadros, para evitar depredações durante a invasão Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão

Com a chegada da informação de que havia um oficial de Justiça na entrada da universidade, no entanto, parte dos estudantes - principalmente bolsistas - decidiu deixar o espaço. Eles temem perder os benefícios ao serem identificados. 

A PUC afirmou nesta quarta-feira, 18, que a invasão ocorreu por causa de uma decisão interna que proibiu realização de festas no câmpus, o que foi negado pelos alunos.

A PUC afirmou que a invasão ocorreu por causa de uma decisão interna que proibiu realização de festas no câmpus, o que foi negado pelos alunos Foto: Clayton de Souza/Estadão

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