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Histórico da greve na USP

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Por Redação
Atualização:

Aumento salarial e garantia de trabalho a cerca de mil funcionários que tinham seus contratos questionados pelo Tribunal de Contas do Estado são duas das pautas reivindicadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP, o Sintusp, que iniciou a greve no dia 5 de maio e encerrou em 30 de junho, após 57 dias de paralisação, adesão de alunos e professores e o registro do primeiro confronto após a ditadura militar entre estudantes e a Polícia Militar no câmpus Butantã. Veja as principais datas da paralisação da USP neste ano: 5 de maio - funcionários da USP entram em greve. 25 de maio - cerca de 40 estudantes ocupam por algumas horas a reitoria. O motivo foi um desentendimento entre alunos, funcionários e o conselho de reitores das universidades estaduais paulistas (Cruesp) antes de negociação salarial.  Segundo os funcionários em greve, o Cruesp limitou a representação estudantil na reunião. Em 2007, estudantes ocuparam a reitoria por 50 dias. Assembleia de Estudantes vota pela saída da reitora. 27 de maio - Abaixo-assinados pró e contra paralisação dos estudantes circulam no câmpus e na internet. Funcionários bloqueiam entradas dos prédios. 1 de junho - Entradas são liberadas pela Polícia Militar com base em liminar da justiça. A movimentação ocorreu de forma pacífica, mas gerou protestos de grupos de estudantes e professores, que repudiaram a presença policial no câmpus. Força Tática permaneceu por 13 horas e liberou a entrada de oito prédios, ocupados por manifestantes. 2 de junho - Alunos entram em greve. 3 de junho - PM sai do câmpus, funcionários bloqueiam novamente as entradas dos prédios. 4 de junho - Professores decidem aderir à greve, alunos colocaram faixa de 18 metros na Torre do Relógio com os dizeres ‘Fora PM’. 5 de junho - Um grupo de 25 docentes entrega para a reitora Suely Vilela uma pauta com reivindicações. Apesar da greve ter sido declarada, a maior parte das 40 unidades de ensino continuam suas atividades normalmente. 9 de junho - Alunos fecham o portão 1 da USP. Na volta dos manfiestantes para a reitoria, há confronto entre policiais e alunos. Pelo menos três pessoas são detidas e seis saem feridas (um aluno e cinco policiais, de acordo com a PM). 10 de junho - concentração marcada para as 12 horas em frente a reitoria não acontece por falta de quórum: 15 alunos compareceram. Passeata até a Paulista é cancelada por causa da chuva. Professores votam sete pontos principais de divergência em relação à gestão da USP e entregam para a reitora. 15 de junho - USP é comunicada oficialmente da liminar da 26ª Vara do Trabalho que determina a readmissão do funcionário Claudionor Brandão, demitido após várias sindicâncias apurarem irregularidades cometidas por ele. Brandão se tornou um dos símbolos desta paralisação. 16 de junho - Tribunal Regional do Trabalho suspende liminar que devolvia cargo a Claudionor Brandão. Diretores de 38 faculdades, institutos, escolas e centros da USP divulgaram carta em apoio à reitora Suely Vilela. 17 de junho - Alunos fecham restaurante univeristário no Instituto de Química para protestar contra os trabalhos terceirizados na universidade. O refeitório era o único que ainda servia refeições subsidiadas para estudantes, ao estilo "bandejão". 18 de junho - Alunos, funcionários e professores das três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) fazem passeada da Avenida Paulista até a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no centro de São Paulo, que amanheceu fechada "por medida preventiva". Ato termina de modo pacífico. 20 de junho - Flash mob contra a greve terminam em confronto entre alunos. No fim da manhã, empurra-empurra entre grevistas e não grevistas. De noite, pedras e chutes entre dois alunos de História. 22 de junho - PM sai do câmpus da USP. Reunião de negociação entre o Cruesp e o Fórum das Seis para propor o fim da greve termina sem acordo. Assembleia Legislativa recebe projeto de lei que propõe eleições diretas para reitor nas três universidades estaduais paulistas. 25 de junho - Trabalhadores em greve na USP vão à Assembleia Legislativa reivindicar recursos, mas ato tem pouca mobilização. 30 de junho - Funcionários da USP entram em acordo com a reitoria e decidem pelo fim da greve.

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